A queda de Guedes parece questão de tempo. Sua reunião com os movimentos que estão convocando o ato do dia 15 foi um recibão. O ministro afirmou que “temos apenas 15 semanas para mudar o país”. Declaração de quem sabe que sua ampulheta virou.
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Bolsonaro nunca foi um liberal. Deputado, votou contra a agenda de FHC. Surfista profissional, o presidente olhou para o mar, percebeu a direção do vento e resolveu comprar a onda que o “posto Ipiranga” lhe vendeu. Com o “pibinho” de 2019 e o horizonte nublado ainda mais pelo coronavirus, não há qualquer sinal de que o ministro vá entregar o que prometeu.
Pragmático, Jair sabe que a linha de enfrentamento com o sistema só se sustenta com apoio popular. No “parlapresidencialismo” brasileiro, o presidente não pode dissolver o Congresso, mas o parlamento está sempre “afiando facas”, aguardando a popularidade do presidente derreter.
Mas a regra é clara: só cai o presidente que é abandonado pelo povo. Enquanto o fanatismo ideológico afunda a economia, o pescoço esticado na guilhotina é o de Bolsonaro. Isolado, sabe que se sua popularidade despencar seu fim pode ser o mesmo de Collor e Dilma. Ele vai ficar olhando?
Só parecem existir dois caminhos: o fechamento democrático – para o qual ainda lhe falta força – ou a mudança da política econômica.
No projeto autoritário de poder do Capitão a economia é meio, não fim. Com um governo repleto de militares nostálgicos, ele pode trocar a atual política econômica pelo “liberalismo desenvolvimentista do Milagre Brasileiro dos Anos de Chumbo”?
PublicidadeEntre 1969 e 1973 o Brasil cresceu, em média, mais de 10% ao ano. Os economistas divergem sobre a natureza e as conseqüências do “Milagre”. Segundo Delfim Neto, “o Milagre Brasileiro e os Anos de Chumbo foram simultâneos. Ambos reais, coexistiam negando-se. Passados mais de trinta anos, continuam negando-se. Quem acha que houve um, não acredita (ou não gosta de admitir) que houve o outro”.
É óbvio que vivemos num contexto macroeconômico completamente diferente, mas o que fazer com a economia derretendo e uma nova crise global batendo à nossa porta?
Continuar apostando na miragem da retomada do crescimento via investimento privado com a demanda esmagada por milhões de desempregados e subempregados?
Ninguém no Planalto tem consciência deste cenário? Se houver uma virada na política econômica com a injeção de 30 bi em programas habitacionais e de infraestrutura, a Faria Lima, reduto dos financistas, vai se revoltar e aderir ao “Volta Lula”?
A redução da taxa de juros e os ajustes já promovidos abriram a possibilidade de se sonhar com algum espaço fiscal. Nosso mercado interno continua sendo uma alavanca potente.
O casamento entre a extrema-direita e o capitalismo de estado é velho conhecido da história. Foi o “milagre” econômico do Terceiro Reich que ergueu os alicerces de Auschwitz sob aplausos do povo alemão.
Consultando um renomado economista progressista sobre esta hipótese, recebi a seguinte resposta: “se Bolsonaro seguisse os programas econômicos de Hitler e Mussolini viraria mito”.
Absurdo? Oremos.
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Grande articulista….Foi da UNE, torce para o tricolor, e ainda declara isso?…se quizer credibilidade vai ter que ser um monstro no jornalismo!…Porque jornalista de verdade, se for reporter não comenta, nem analisa, se for comentarista tem que deixar claro isto, e prá ser analista tem que colocar as evidências sobra a mesa. Jornalista de verdade não torce prá time nenhum,não tem prato predileto,nem cor favorita, e é apartidário de fato!!!…Nós os consumidores, gente do lado de cá do balcão vemos assim…