Mário Coelho
Extremamente religiosa, Zilda Arns morreu em uma igreja, fazendo pregação em favor da sua missão em defesa da criança. A Pastoral da Criança informou nesta quinta-feira (14) as circunstâncias da morte da coordenadora da instituição, Zilda Arns, no terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, na última terça-feira (12). Em nota divulgada no site da Pastoral, é dito que Zilda estava em uma igreja, após uma palestra, quando os tremores começaram.
“A Dra. Zilda estava em uma igreja, onde proferiu uma palestra para cerca de 150 pessoas. Ela já tinha acabado seu discurso e estava conversando com um sacerdote, que queria mais informações sobre o trabalho da Pastoral da Criança. De repente, começou o tremor. O padre que estava conversando com ela, deu um passo para o lado e a Dra. Zilda recuou um passo e foi atingida diretamente na cabeça, quando o teto desabou. Ela morreu na hora”, relatou Flávio Arns.
De acordo com a nota, Zilda Arns não ficou soterrada. “O resto do corpo não sofreu ferimentos, somente a cabeça foi atingida. O sacerdote que conversava com ela sobreviveu. Já outros quinze sacerdotes que estavam próximos a ela faleceram”, contou o senador tucano, sobrinho de Zilda Arns. O corpo dela ainda não foi liberado pelas autoridades da Organização das Naçõs Unidas (ONU).
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A família também divulgou uma nota. Segundo a Agência Brasil, os familiares agradeceram à população pelas manifestações de solidariedade recebidas. “A família Arns espera que esse despertar de solidariedade internacional seja continuado e prossiga para além da emergência imposta pela natureza, sempre em defesa da dignidade plena para o ser humano”, diz a nota.
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