O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), reforçou um pedido para a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara convocar o ex-presidente Lula e seu filho Luis Cláudio. Bueno quer que eles expliquem os seus supostos envolvimentos nas investigações da compra de medida provisória que prorrogou de 2011 até 2015 a política de descontos no IPI de carros produzidos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Nesta segunda-feira (26), em nova etapa da Operação Zelotes, o escritório LFT Marketing Esportivo, de Luis Cláudio Lula da Silva, foi alvo de busca e apreensão pela PF. Ele é suspeito de ter recebido R$ 2,4 milhões para atuar no esquema que facilitou a criação da MP.
Rubens Bueno também enviou requerimento à Casa Civil da Presidência da República cobrando esclarecimentos sobre o caso, que ocorreu na época em que a presidente Dilma Rousseff comandava a pasta.
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“Esperamos que todos os citados tenham a dignidade de vir a Câmara prestar esclarecimentos para a sociedade. O caso coloca sob suspeição a edição de muitas medidas provisórias editadas nos governo de Lula e Dilma que beneficiaram setores específicos da economia. O Congresso tem a missão de apurar isso”, cobrou o líder do PPS.
O esquema
O caso envolve os escritórios SGR Consultoria Empresarial, do advogado José Ricardo da Silva, e Marcondes & Mautoni Empreendimentos, do empresário Mauro Marcondes Machado. Eles são suspeitos de terem sido contratados pelas montadoras para obter uma extensão de cinco anos de benefícios fiscais que chegavam a R$ 1,3 bilhão ao ano. Os incentivos expirariam em 31 de dezembro de 2010, caso não fossem prorrogados.
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