Um jeito rápido e prático de acompanhar o que dizem os políticos brasileiros. O Congresso em Foco criou um perfil que permite a você acessar, em um lugar só, as mensagens de parlamentares, governadores e outros políticos enviadas pelo Twitter.
Já tínhamos lá no Twitter, há menos de três meses, http://twitter.com/congemfoco, onde publicamos as atualizações do conteúdo do Congresso em Foco e batemos papo com outros “tuiteiros”, nos tornando alunos de muitos deles.
Como? Você não está entendendo nada? Nunca entrou no Twitter? Quem avisa amigo é: ou você começa a acessá-lo ou vai ter cada vez mais gente sabendo das coisas antes de você. E se tudo isso soa a grego pra você, aí vão algumas informações objetivas.
Segundo o Ibope Nielsen, o Twitter alcançou em julho mais de 8,3 milhões de usuários no Brasil. Ele tem uma capacidade impressionante de disseminar informações rapidamente. Em minutos, uma mensagem que começa a ser “retuitada” – isto é, repassada de um tuiteiro para outro – pode atingir centenas, milhares, até milhões de pessoas. Assim, trata-se não só de um ambiente onde é possível saber mais rápido do que acontece na política e outras áreas. Virou uma ferramenta importante de relacionamento entre políticos, ou autoridades, e a população.
Criado em 2006, o Twitter foi uma das armas usadas por Barack Obama para se eleger presidente dos Estados Unidos em 2008. No primeiro semestre deste ano, durante as eleições do Irã, foi ele que permitiu que milhares de iranianos, burlando a censura oficial, denunciassem ao mundo fraudes na votação que reelegeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Furos do Twitter
Não é só no Irã. Em Brasília, o Twitter tem furado toda a imprensa com grande frequencia. Em junho, o líder do DEM, José Agripino (RN), anunciou pelo Twitter que a bancada havia decidido apoiar o afastamento de Sarney. Deu a notícia antes mesmo de a reunião acabar.
Em agosto, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) anunciou pelo seu perfil que deixaria a liderança do partido no Senado por divergências com o comando partidário e o Planalto na condução do caso Sarney. E, como se sabe, voltou atrás. Outro parlamentar, o senador João Pedro (PT-AM), deu o furo, informando que Mercadante permaneceria no cargo.
Nos três casos, os furos foram dos próprios políticos, que dispensaram a intermediação de jornalistas.
Grande parte dos políticos mais influentes está no Twitter. Alguns, como o governador paulista e pré-candidato a presidente José Serra, tornaram-se propagandistas da ferramenta. O tucano dedica uma fatia considerável do seu tempo à atualização do perfil @joserra_ http://twitter.com/joseserra_ e ao trabalho de se comunicar com mais de 100 mil “seguidores”.
Faz com reconhecida competência, ora conversando suavemente com eleitores, ora fazendo comentários sobre música e cultura, ora abrindo um pouco da sua intimidade, ora relatando suas atividades públicas, ora contando que viu alguma coisa legal na TV.
O que é
No Senado e na Câmara, é comum presenciar parlamentares digitando mensagens – os chamados tweets (pios em inglês) – de seus celulares ou computadores. Em muitos casos, com flagrante excitação. Porque o negócio, de tão informativo e prazeroso, pode virar obsessão.
No Twitter, as mensagens são limitadas a 140 caracteres – daí o hábito de usar sinais para encurtar palavras, com o qual brincamos no título desta matéria. Aí você cria um microblog (o chamado perfil), muito fácil de operar, e pode seguir ou ser seguido por outros blogs, trocar informações, conhecer pessoas, realizar pesquisas e fazer uma gama tão variada de atividades novas e interessantes que explicá-las a quem jamais “tuitou” é uma tarefa praticamente impossível. Só se conhece o Twitter depois que você está lá dentro.
E lá se encontra de tudo, desde abobrinhas, diálogos pessoais entre pessoas, boatos e perfis falsos até dicas sensacionais de estudos recém-concluídos, informações que acabam de sair do forno e muita gente interessada em melhorar a qualidade da política brasileira.
Ali, a sociedade se manifesta espontaneamente rejeitando a odiosa censura imposta contra o jornal O Estado de S. Paulo, acalentando o sonho de “Fora Sarney”, articulando protestos nas ruas e na internet. Artistas, intelectuais, jornalistas, blogueiros, cientistas, órgãos públicos, empresas, organizações não-governamentais… está todo mundo lá.
@congemfoco2
Para permitir que os usuários (qualquer um, já que não há necessidade de cadastramento para acessar a ferramenta) possam encontrar todos os tweets dos mais importantes políticos brasileiros presentes no Twitter, o Congresso em Foco desenvolveu uma ferramenta própria, que atualiza a cada três minutos o que é publicado nos perfis selecionados.
O @congemfoco2 reúne todos os senadores, governadores e deputados federais com perfis ativos no Twitter. Há também prefeitos, deputados e algumas figuras importantes do cenário político atualmente sem mandato, como os ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Jorge Viana (PT-AC).
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