Neste vídeo abaixo, postado no Youtube pelo também servidor Nivaldo Vidal de Almeida, Dora desabafa.
“Se por algum motivo, qualquer motivo, o veto da presidente Dilma não for apreciado, eu não volto para Alagoas sem resolver isso. É um tratamento que eu não dou nem ao meu cachorro”, disse a servidora, referindo-se à espera de meses por uma decisão do Congresso. Cabe aos parlamentares a palavra final sobre a tramitação de projetos como o que concedeu o reajuste, aprovado em 1º de julho no Senado e encaminhado à sanção presidencial.
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Veja no vídeo:
Servidora do Judiciário há 32 anos, Marly Ribeiro Nogueira dos Santos disse à reportagem que a colega não levou a chave do cadeado para a Esplanada dos Ministérios, de maneira que não há como soltá-la do poste sem destruir a corrente. Segundo Marly, Dora, “transtornada”, queixava-se da falta de atitude dos representantes da categoria do Distrito Federal.
“O que ela mais reclamava era que não havia servidores de Brasília junto com ela”, afirmou Marly, 32 anos de Judiciário, acrescentando que a colega está disposta a ficar amarrada ao poste durante o tempo que considerar necessário.
Nesta terça-feira (6), o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou mais uma vez a análise dos seis vetos presidenciais restantes, de um total de 32 postos na pauta de votação. A sessão conjunta chegou a ser convocada para as 11h30, mas deputados da base não se reuniram em número suficiente para dar início à deliberação.
A categoria dos servidores do Judiciário tem ocupado os arredores do Congresso há meses, com intensa movimentação de servidores inclusive no interior do Parlamento e abordagens recorrentes aos parlamentares. Do lado de fora, muito barulho: buzinas de caminhão, vuvuzelas e até charangas embalam os protestos, com faixas e cartazes defendendo a derrubada do veto.