Os senadores Pedro Rocha (PT-PA) e Ivo Cassol (PP-RO) por pouco não trocaram agressões físicas em plenário, na tarde desta quarta-feira (12), depois de comentários sobre o episódio, ontem (terça, 11), em que senadoras da oposição ocuparam a Mesa Diretora do Senado e, consequentemente, atrasaram por horas a aprovação da reforma trabalhista. A confusão ocorreu pouco depois do anúncio da condenação do ex-presidente Lula, pelo juiz Sérgio Moro, a nove anos e seis meses de prisão.
Governistas pedem representação contra senadoras que ocupam Mesa para barrar reforma trabalhista
Tudo começou quando parlamentares petistas reagiram às críticas feitas da tribuna pelo senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) à ação oposicionista. “Tomar a Mesa… Imagina se isso vira moda no Brasil? Imagina isso acontecendo nas Assembleias Legislativas, nas Câmaras de Vereadores… Coisa que nunca se viu no Brasil, nem em Câmara de Vereadores. Isso já se viu em grêmio estudantil, eu ouvi alguém dizer”, disse Eduardo.
“Inocente útil!”, reclamou Paulo Rocha, depois de ter sido impedido, com base no regimento interno, de fazer aparte ao orador que ocupava a tribuna. “Vocês deram um golpe, rasgaram a Constituição. O senhor rasgou a Constituição Federal, dando um golpe”, emendou o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ).
“Eu exijo respeito, estou na tribuna! Ou vai vir me tirar da tribuna e vai tomar o lugar para falar no meu lugar?”, rebateu Eduardo Lopes, que depois foi defendido das intervenções dos petistas por Ivo Cassol. Instantes depois do bate-boca durante o pronunciamento da tribuna, e já encerrada a fala do senador fluminense, Cassol e Paulo Rocha passaram a se atacar em plenário, e por pouco não trocaram agressões físicas.
Veja trecho da confusão, já sem a transmissão da TV Senado:
Diante do tumulto, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA), que presidia a sessão plenária, determinou a suspensão dos trabalhos, retomados menos de cinco minutos depois. Como se pode ver no vídeo feito por este site, os dois senadores ainda se mantinham dispostos à briga, mas um grupo de assessores e seguranças conseguirem evitar o confronto físico no palco das principais decisões no Senado.
Leia também:
Senadores brigam em comissão e interrompem votação de reforma trabalhista; veja o vídeo