Veja quais foram os aliados que votaram pela derrubada do veto
Veja como todos os deputados votaram
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O principal teste da base aliada foi a manutenção do veto à proposta que criava uma alternativa ao chamado fator previdenciário (mecanismo que inibe aposentadorias precoces). Entre os governistas, apenas o PCdoB, que deu todos os seus 11 votos, foi 100% fiel à orientação do governo nessa votação. Já em números absolutos, o partido que mais se posicionou a favor da manutenção do veto foi o da própria presidente. Apenas o deputado Welliton Prado (MG), que tenta se desfiliar da legenda, contrariou a orientação governista. O PT rendeu 47 votos a favor do governo. Doze petistas não compareceram à sessão e três se abstiveram: Zé Carlos, Professora Marcivânia e Luizianne Lins (CE).
Já o PMDB, do vice-presidente Michel Temer, garantiu 34 votos ao Planalto. Quase um terço da bancada na Câmara, porém, divergiu: 15 deputados peemedebistas votaram pela derrubada do veto. Outros três se abstiveram: Leonardo Quintão (MG), Osmar Serraglio (PR) e Pedro Chaves (GO).
Proporcionalmente, porém, o PP foi o aliado mais infiel ao governo. Dos 22 deputados do partido presentes à sessão, apenas sete seguiram a orientação do Planalto. Outros 15 votaram com a oposição.
PublicidadeTambém houve dissidência entre outros aliados. O PSD registrou 16 votos pela manutenção do veto e oito pela derrubada. No PDT, sete votaram contra o governo, seis a favor. O deputado Marcos Rogério (PDT-RO) se absteve. No PR, 18 seguiram a orientação partidária de acompanhar o governo. Mas cinco divergiram.
Nos dois principais partidos de oposição, PSDB e DEM, houve apenas duas “infidelidades”, ou seja, deputados que apoiaram a manutenção do veto de Dilma e que contrariaram a orientação de seu partido para derrubar a decisão da presidente em relação ao fator previdenciário. Entre os 51 tucanos que votaram, somente Samuel Moreira (SP) divergiu da bancada. No DEM, o único voto favorável ao veto foi dado por Rodrigo Maia (RJ). Ambos argumentaram que estavam preocupados com o descontrole que a medida poderia acarretar às contas públicas do país.
O governo apostava na votação dos vetos presidenciais para aferir a fidelidade de sua base aliada no Congresso, em meio à movimentação dos oposicionistas para iniciar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O veto à proposta alternativa ao fator previdenciário foi mantido por não ter alcançado, entre os deputados, os 257 votos exigidos para a derrubada de uma decisão presidencial. Ao todo, 205 deputados votaram contra o veto. Outros 183 apoiaram a medida do governo. Foram anotadas, ainda, sete abstenções. A votação dos senadores não foi divulgada porque o veto foi mantido, de imediato, pela Câmara. Sua reversão estava condicionada a uma decisão em comum das duas Casas.
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