O velório do ministro Teori Zavascki, que morreu na tarde de ontem (quinta, 19) em desastre de avião na região de Paraty (RJ), será neste sábado (21), em Porto Alegre, na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). O magistrado atuou como desembargador na corte, indicado pelo Quinto Constitucional, entre 1989 a 2003. A partir das 11h o velório será aberto ao público. O sepultamento está previsto para ocorrer às 18h, no cemitério Jardim da Paz. Haverá cerimônia fechada apenas aos familiares antes das 11h.
Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, que se encontram em viagem ao exterior, já estão voltando ao Brasil para se despedir do colega. Os ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski já estavam no país e confirmaram presença. A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, e o vice-presidente, ministro Humberto Martins, também comparecerão ao velório.
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Nesta sexta-feira (20), a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, chegou ao tribunal pela garagem por volta das 10h30 da manhã e não falou com a imprensa. No início da tarde, por volta das 14h, a ministra saiu e não confirmou se voltaria ainda hoje à corte. Também não fez declarações aos jornalistas. Durante a manhã, Cármem Lúcia recebeu ligação da advogada-geral da União, Grace Mendonça.
Já de malas prontas, a presidente do STF aguarda apenas a confirmação do velório para viajar a Porto Alegre. A ministra seguirá para o velório em avião da FAB, que está à disposição dela desde a noite de ontem (quinta,19).
No desastre aéreo também morreram o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, fundador do Grupo Emiliano, a massoterapeuta Maíra Panas, de 23 anos, a mãe dela, a professora Maria Hilda Panas, e o piloto do avião Osmar Rodrigues.
Na Corte, pouco mais de 7 mil processos estavam sob a responsabilidade do ministro. Na próxima semana ele analisaria a homologação de 77 delações de ex-executivos da empreiteira Odebrecht. O velório está previsto para este sábado (21), em Porto Alegre, na sede do TRF4, onde atuou como desembargador entre 1989 a 2003.
PublicidadeNatural da cidade de Faxinal dos Guedes, em Santa Catarina, o magistrado possuía mestrado e doutorado em Direito Processual Civil. Teori saiu do TRF4 para ingressar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), após ser indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, e empossado na gestão do ex-presidente Lula, em 2003.
No STJ, o ministro atuou por nove anos e foi presidente da Primeira Turma e da Primeira Seção, além de integrar a Corte Especial e o Conselho da Justiça Federal. Em 2012 passou a integrar à vaga de ministro do STF, nomeado pela então presidente Dilma Rousseff.