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Preso no ano passado pela Operação Lava Jato, o advogado e ex-vereador de Americana (SP) é acusado de ter arrecadado ilegalmente mais de R$ 50 milhões a partir de contratos de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento. A delação dele foi homologada recentemente pela Justiça. Segundo a repórter Laryssa Borges, Chambinho contou que Gleisi, ex-ministra da Casa Civil, teve sua campanha ao Senado, em 2010, irrigada por dinheiro de caixa dois com recursos de um contrato milionário firmado nos Correios, estatal vinculada ao Ministério das Comunicações, à época comandado pelo marido dela, o também petista Paulo Bernardo.
Ainda de acordo com Veja, o ex-vereador disse ter comprado um apartamento em Miami, nos Estados Unidos, para o deputado Marco Maia, ex-presidente da Câmara. O imóvel estava em nome de Chambinho até recentemente. Ex-ministro da Previdência e atual secretário especial da Previdência, Carlos Gabas é acusado pelo delator de ter recebido, durante quatro meses, repasses em dinheiro vivo no valor de R$ 300 mil.
De acordo com a reportagem, o líder do governo na Câmara é citado nominalmente pelo ex-vereador como beneficiário de R$ 100 mil. Chambinho, conforme Veja, contou que José Guimarães abriu portas para ele o Banco do Nordeste para um empréstimo para construção de usinas.
Gabas “nega peremptoriamente qualquer inferência [feita pelo delator] e que nunca recebeu nada nem dele nem de ninguém”. José Guimarães diz que tem “a consciência absolutamente tranquila” e que “jamais” se beneficiou de recurso público. “Adotarei todas as medidas cabíveis, dentro do Estado de Direito, para defender minha honra, contra a qual não tolerarei ataques sem fundamento”, afirma.
Gleisi Hoffmann “reafirma que não conhece e nunca teve contato com Alexandre Romano”. Segundo Veja, Marco Maia não atendeu os telefonemas da reportagem nem retornou os recados.
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