Em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara nesta terça-feira (1º), o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou que “tem consciência” de que o deputado André Vargas (ex-PT-PR) não fez lobby para o laboratório Labogen, que seria de propriedade do doleiro Alberto Youssef, preso em março último na Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para desbaratar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
André Vargas responde a um processo no Conselho de Ética por suposto envolvimento com o doleiro em negócios ilícitos. O parlamentar usou um avião alugado por Youssef e teria atuado junto ao Ministério da Saúde para a assinatura de um contrato entre o Labogen, que pertenceria ao doleiro, e a pasta.
Para Vaccarezza, o único erro grave do ex-petista foi ter usado o avião pago por Youssef. Vaccarezza observou que o próprio Vargas admitiu ter usado o jatinho. “Em relação às demais questões, tenho convicção de que o André não fez lobby para o Labogen. Se tivesse feito, não contaria com a minha defesa”, disse.
Vaccarezza teve seu nome citado em escutas da PF. As investigações da polícia apontam para uma reunião no apartamento de Vaccarezza com a participação de Youssef e Vargas. Ele voltou a negar que a reunião tenha ocorrido. “Eu nunca me reuni com André Vargas e Alberto Youssef para tratar de Labogen, de outro assunto qualquer, nem de política e nem de negócios”.
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A Justiça Federal do Paraná decidiu cancelar o depoimento de Youssef por meio de videoconferência, marcado para esta quarta. Isso porque a defesa do doleiro, preso em Curitiba (PR), informou à Justiça que ele exerceria o direito de permanecer calado.
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