A prisão de Eduardo Cunha, pela sua importância no esquema de financeirização clandestina do sistema partidário brasileiro, pode ajudar a desvendar de vez quem opera a corrupção política no Brasil. Informação é poder: pelo que o ex-chefe sabe, ele representa, para o universo político, o mesmo que Marcelo Odebrecht para o mundo das empreiteiras.
A promiscuidade do capitalismo de compadrio no Brasil, a que TODOS os grandes partidos aderiram, em maior ou menor grau (e também quase todos os médios e boa parte dos pequenos, que se vendem), está exposta. Resta à Lava Jato, sem seletividade e sem perseguir ou proteger ninguém, apurar quem é quem.
Privação da liberdade é uma pena pesada: nela, até homens de aço, frios e calculistas, podem mudar de postura e decidir colaborar com a Justiça. Ainda mais tendo consciência de que os crimes que cometeram podem lhes valer décadas na cadeia. Às vezes, nem a proclamada “fé” segura a vida despojada de luxos da cadeia…
O Psol se orgulha de ter cumprido o seu dever de denunciar as falcatruas da politicagem de negócios, junto com uns outros poucos “gatos pingados”. Por isso, sofremos toda sorte de ataques dos grandes ratos da política, até então certos de sua impunidade. Até há pouco com ampla maioria, eles nos viam como “excêntricos” e “agitadores” sem qualquer força.
Leia também
A História está mostrando quem escolhe o lado certo. Os cúmplices e sócios da gangsterização da política, os bajuladores do poder efêmero estão perdendo.
#PEC241NÃO
PublicidadeOrganizações sociais e entidades sindicais e estudantis promoveram esta semana, em várias cidades, protestos contra a política de retirada de direitos do governo de Michel Temer, em especial contra a PEC 241/2016, aprovada no último dia 10/10 no Plenário da Câmara, em primeiro turno. A expectativa da base aliada do governo é aprovar a proposta definitivamente ainda em outubro.
Apesar de todo o empenho, o Palácio do Planalto enfrentará forte resistência até a aprovação final da matéria, que ainda terá que ser analisada pelo Senado Federal. Trabalhadores dos setores públicos e privado, estudantes e partidos políticos do campo da esquerda, incluindo o Psol, prometem não dar sossego até a tramitação final da matéria.
Além das manifestações desta semana, também se convoca um grande ato nacional dia 24 de outubro, em várias cidades. Na pauta, também incorporam outros eixos de luta como a MP que reforma o ensino médio e as reformas previdenciária e trabalhista, que devem ser enviadas em breve ao Congresso Nacional.
Denominadas de #RuaNeles, as manifestações que já ocorreram lotaram as principais capitais. Abaixo foto da passeata no Rio.
Deixe um comentário