Em uma segunda reunião para tentar decidir sobre o desembarque da base aliada do governo, os líderes tucanos adiaram novamente a decisão. Antes de resolver se o partido deve entregar os cargos no governo, os peessedebistas vão esperar a decisão da bancada da sigla na Câmara sobre a votação da denúncia contra Michel Temer. Ricardo Tripoli, líder da bancada na Câmara, afirmou que o partido deve dar 5 votos a favor da admissibilidade da denúncia na CCJ. Os líderes do PSDB se reuniram na noite desta segunda-feira (10) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
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A reunião na capital paulista durou cerca de quatro horas e contou com 16 tucanos, entre eles os senadores Tasso Jereissati (CE), Aécio Neves (MG) e José Serra e os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR). O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o prefeito de São Paulo, João Dória, também participaram.
Antes da reunião, o governador do Goiás, Marconi Perillo, se manifestou contra o desembarque e argumentou que o partido deveria liberar a bancada para que cada parlamentar votasse de acordo com sua consciência. Já Beto Richa, na saída do encontro, disse apoiar o desembarque do governo.
Há um mês, antes da denúncia contra o presidente Michel Temer ser formalmente apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os tucanos haviam decidido permanecer na base em nome da continuidade das reformas. A decisão, contudo, poderia ser revista.
Agora, segundo o presidente interino do partido, o senador Tasso Jereissati (CE), a decisão de entregar cargos e ministérios será tomada após o líder da bancada tucana na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), reunir seus pares e definir a posição sobre a votação da denúncia contra Temer. A reunião dos deputados deve acontecer entre hoje (11) e amanhã (12). De acordo com Jereissati, nenhuma posição poderia ser adotada no encontro dessa segunda por não se tratar de uma reunião da Executiva do partido.
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