O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o PSDB preste esclarecimentos sobre doação da empresa Andrade Gutierrez ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) na campanha eleitoral de 2014. A decisão atende a um pedido do PT, que alegou inconsistências entre o valor declarado pelo então candidato à presidência e o valor repassado pela empreiteira com base no depoimento prestado por Otávio Azevedo, ex-presidente da empresa.
O pedido de esclarecimentos foi realizado no processo que trata da prestação de contas do então candidato Aécio Neves na campanha à eleição presidencial de 2014. De acordo com o PT, a segunda versão do depoimento prestado por Otávio Azevedo, no âmbito da ação que apura irregularidades na chapa Dilma-Temer, precisa ser apurada. Ao contrário do primeiro depoimento, Azevedo disse que doou para a campanha de Aécio R$ 19 milhões e não R$ 12,6 milhões, como dito em primeira versão.
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O empreiteiro também negou que tenha repassado dinheiro de propina à campanha de Dilma, contrariando sua primeira declaração. De acordo com ele, a contribuição de R$ 1 milhão ao PMDB foi voluntária.
Em setembro do ano passado, o ex-presidente do grupo Andrade Gutierrez Otávio Azevedo foi condenado pela Justiça Federal no Rio de Janeiro a 18 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa em processo da Operação Lava Jato. O juiz determinou que Otávio cumpra pena em regime domiciliar fechado com monitoramento por tornozeleira eletrônica durante um ano. O benefício foi garantido porque o empresário fez acordo de delação premiada.
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