Mário Coelho
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria dos votos, concederam direito de resposta ao candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, contra a coligação encabeçada pela petista Dilma Rousseff. Os integrantes da corte deram um minuto, para inserção no rádio e na televisão, para o tucano responder à acusação de ter privatizado a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Também foi contestado o número apontado por Dilma de privatizações no governo de São Paulo. Este foi o primeiro direito de resposta concedido no segundo turno das eleições presidenciais.
Pela determinação dos ministros, o direito de resposta será transmitido por um minuto no rádio, pela manhã, e mais um minuto, em veiculações à tarde e à noite, na televisão. No total, são três minutos para o tucano nos horários diferentes. A mensagem do direito de resposta deve ser a mesma. Relator de uma das representações, o ministro Joelson Dias afirmou que a CSN foi privatizada em 1993, durante o governo Itamar Franco.
Na visão do ministro, portanto, não é possível apontar para Serra a participação na privatização da siderúrgica. Ele entendeu também que, ao afirmar que 31 empresas públicas foram privatizadas em São Paulo, durante o governo FHC, da qual Serra foi ministro, a coligação de Dilma cometeu um erro. A defesa de José Serra afirma que foram somente nove empresas, número que não foi questionado pelos adversários no processo. As propagandas foram veiculadas nos últimos dias 12 e 13 de outubro.
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