Na capital federal, o ato ocorreu em frente à Aliança Francesa, na Asa Sul. Os manifestantes fizeram um minuto de silêncio, cantaram o hino nacional La Marseillaise, e deram uma volta no quarteirão.
Segundo o ministro-conselheiro da embaixada, Gaël de Maisonneuve, o evento era um agradecimento ao povo brasileiro por ter prestado solidariedade aos franceses. “Também para estar com os amigos franceses e brasileiros para ter um momento de silêncio e pensar nas pessoas que faleceram. Vamos ficar unidos, mas mais vigilantes”, disse.
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O casal francês Cédric Pol e Sandra de Sousa, que está há mais de um ano no Brasil, foi ao ato acompanhado dos três filhos. Sandra conta que acompanha pelas redes sociais as notícias de parentes e amigos de que todos estão bem. “Foi um grande choque. Os atentados ocorreram em lugares conhecidos. O Bataclan é um local de espetáculos muito famoso em Paris. Poderia ter acontecido a cada um nós. Temos que fazer o luto. Estar aqui nos aproxima dos amigos e parentes na França”, disse Sandra, que é adida civil na delegação da União Europeia.
A vigília carioca ocorreu no Largo do Machado, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Vários franceses compareceram com bandeiras, camisas e cartazes em apoio ao seu país. Por volta das 17h30, velas foram acesas em homenagem às vítimas dos ataques, enquanto o francês Pascal Maurice, que vive há 11 anos no Brasil, executava a canção “La Vie em Rose”, em seu realejo.
“A barbárie não pode parar o povo francês de tocar música, de tomar um drinque num terraço, de comer num restaurante, de ver um show de música e de ver um jogo de futebol”, disse Maurice.
PublicidadeO cônsul da França no Rio de Janeiro, Brice Roquefeuil, agradeceu aos cariocas que, segundo ele, mostraram muita solidariedade ao povo francês nos últimos dias. “Recebemos muitas mensagens dos brasileiros que condenaram esse atentado e mostraram adesão aos valores que a República Francesa representa. É importante se reunir hoje para prestar uma homenagem às vítimas e reafirmar, com força, a importância desses valores universais”, disse.
O professor universitário Jean-Pierre Ybert, que mora no Brasil há 13 anos e pretende voltar à França no ano que vem, destacou que é importante que os ataques não dividam a sociedade francesa.
“Talvez eles queiram não só colocar medo nos franceses, mas também provocar uma cisão nas comunidades religiosas da França. Esse pode ser um problema, porque a tendência é que as pessoas confundam esses criminosos com outros muçulmanos. Os muçulmanos da França, que são cidadãos como quaisquer outros, pagam porque as pessoas fazem essa associação [do Islã com o terrorismo]”, disse Ybert.
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