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Taques nasceu há 44 anos em Cuiabá, onde ganhou projeção como procurador da República. Seu maior feito na carreira foi a prisão do poderoso bicheiro João Arcanjo Ribeiro, mais conhecido como comendador Arcanjo. Afastou-se do Ministério Público para disputar, e vencer, sua primeira eleição, em 2010.
Ele invoca sua origem profissional para explicar a conduta que adotará na CPI – uma linha pragmática e técnica. É com esse tom que demonstra maior confiança em provas documentais do que em depoimentos. Rejeita a antecipação de conclusões. E condena as tentativas de transformar em vidraça Roberto Gurgel, a quem cabe a prerrogativa constitucional de denunciar à Justiça os implicados no caso Cachoeira.
Segundo o senador, não pode haver dúvidas quanto ao “fato determinado” que a comissão deve investigar. Uma pergunta básica a responder é “onde foi parar o dinheiro da Delta”, afirma, acrescentando que a empresa tem contratos que somam R$ 5 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Pedro Taques, em entrevista ao Congresso em Foco ontem à noite (segunda-feira, 14), também enfatizou a necessidade de analisar as relações entre Cachoeira e políticos. O senador cita cinco estados que merecem atenção: Goiás, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso e Tocantins. Seus governadores pertencem aos três principais partidos do país: PSDB , PMDB e PT.
Mas é ao falar dos deputados federais que o senador manifesta maior perplexidade. “Nós não falamos dos deputados até agora. Estão bem esquecidos. Nós temos que trazer à baila, né?”. Há cinco deputados envolvidos, de cinco partidos diferentes: Rubens Otoni (PT-GO); Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO); Sandes Júnior (PP-GO); Stepan Nercessian (PPS-RJ), e Jovair Arantes (PTB-GO). Para corrigir os rumos da CPI, defende que os deputados citados no caso Cachoeira prestem logo esclarecimentos à comissão. Os requerimentos só serão votados no dia 17, atraso que Taques classifica como falha da CPI.
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