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Na nota, o atual presidente do TCU, Augusto Nardes, disse também que cabe a ele avaliar se o candidato a ministro tem “notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública”, além de idoneidade moral e reputação ilibada. A nota foi elaborada após uma reunião entre os ministros do tribunal. Na leitura do documento em plenário, Nardes não mencionou Gim.
Conforme levantamento do Congresso em Foco, Gim é alvo de seis inquéritos no STF por crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva e ativa e crimes eleitorais e da lei de licitações.
De acordo com a edição do jornal Folha de S. Paulo publicada hoje, o parlamentar petebista também já foi condenado em primeira instância por irregularidades na época em que presidia a Câmara Legislativa do Distrito Federal. O Tribunal de Justiça do DF manteve a condenação. O processo está no Superior Tribunal de Justiça. No entanto, Gim chegou a declarar que nunca foi condenado.
De acordo com o projeto de decreto legislativo que trata da indicação do senador, Gim preenche, sim, os requisitos porque tem “notórios conhecimentos jurídicos e da administração pública” e “mais de 16 anos de efetiva vida pública” e exerceu cargos públicos com “competência e dedicação”. O Palácio do Planalto e a base aliada querem que ele substitua Valmir Campelo, que pediu aposentadoria.
Segundo o artigo 73 da Constituição Federal, os ministros do TCU devem satisfazer os seguintes requisitos: ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade, idoneidade moral e reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública, mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados anteriormente.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve sabatinar Gim na próxima terça-feira (15). A oposição lançou hoje a candidatura de Fernando Bittencourt, consultor de Orçamento do Senado.
Veja a íntegra da nota do TCU:
“O Tribunal de Contas da União (TCU) manifesta-se, após reunião dos seus ministros, pela necessidade da observância dos requisitos constitucionais previstos no art. 73 da Carta Constitucional brasileira para a posse de qualquer cidadão que venha a ser membro da Corte. Nesse contexto, ao presidente do TCU, responsável pela posse, compete, ouvido o Plenário, avaliar todos os requisitos exigíveis, entre eles idoneidade moral, reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública.
Brasília/DF, em 9 de abril de 2014
Ministro João Augusto Ribeiro Nardes
Presidente do Tribunal de Contas da União”
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