Pelo menos dez ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) são protegidos, atualmente, por 85 seguranças privados. Por essa proteção, a Corte desembolsa R$ 831 mil por mês. Os profissionais, conforme revela o jornal O Globo, são responsáveis apenas pela proteção pessoal dos ministros, e não das dependências do STF.
Os seguranças são da empresa Esparta Segurança. Pelo contrato atual, que foi iniciado em novembro de 2017 e tem vigência de dois anos e meio, podendo ser prorrogado pelo mesmo período, a previsão é que o custo total fique em cerca de R$ 25 milhões neste período. O levantamento realizado pelo jornal foi extraído de dados disponíveis no site da própria Corte.
De acordo com a reportagem de Daniel Gullino e Renata Mariz, os seguranças privados contratados, em sua maioria, trabalham em um regime de 12h, com descanso de 36h. “Os turnos são divididos das 7h às 19h (38 pessoas se revezam nesse horário) e das 19h às 7h (horário onde se dividem 44 pessoas). Duas pessoas cuidam da supervisão, e um segurança trabalha em uma regime de 44 horas semanais. Os seguranças andam com pistolas calibre .380, além de outros equipamentos como colete e lanterna”, diz o texto.
PublicidadeA segurança do prédio do Supremo é feita por um efetivo de 149 vigilantes, sendo que 47 deles andam armados e 98 desarmados. Nesse número, também são acrescidos quatro supervisores. A segurança da Corte é realizada pela empresa Zepim Segurança e Vigilância. O contrato com a Zepim foi firmado em março de 2017, e teria inicialmente duração de um ano, mas em novembro foi realizado um aditivo, que estabeleceu uma prorrogação de um ano e meio. O jornal informa que o valor previsto para esses dois anos e meio é R$ 28,5 milhões (R$ 953 mil mensais).
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Essa semana, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, revelou ter recebido ameaças que incluem a sua família e, por isso, pediu providências à presidente da corte, Cármen Lúcia, para se proteger. Por meio de nota (íntegra abaixo), a ministra informou que mesmo antes da revelação ações protetivas foram postas em curso para resguardar a segurança do colega e seus parentes. O aumento do efetivo de seguranças está entre as ações.
Ao jornal, a Corte informou que a presidente enviou ofício a todos os ministros indagando sobre a necessidade de alteração e aumento do número de agentes de segurança.O órgão, no entanto, não soube dizer se os ofícios foram respondidos pelos ministros, mas destacou que todos serão atendidos caso manifestem a necessidade.
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