O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, arquivou inquérito aberto para investigar o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ). A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Toffoli arquivou o procedimento instaurado para apurar a responsabilidade de Lindbergh, como prefeito de Nova Iguaçu, em irregularidades na gestão do Fundo de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu (Previni).
Raquel concluiu que não há provas contra o senador e solicitou que o caso fosse arquivado. “Apesar do longo trâmite da apuração, o resultado das diligências permitiu reforçar os indicativos de ocorrência das fraudes investigadas, mas não confirmou a participação do senador Lindbergh Farias nestes ilícitos”, alegou a procuradora.
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Livre do Inquérito 3595, no qual era acusado de crime contra o sistema financeiro e quadrilha ou bando, Lindbergh ainda é alvo de três investigações no Supremo. Duas delas devem baixar para a primeira instância, pois também se referem a atos atribuídos a ele quando era prefeito de Nova Iguaçu. Pelo novo entendimento do Supremo, permanecerão na corte apenas os casos que tiverem relação com o exercício do mandato. O terceiro inquérito é baseado em delações da Odebrecht. Segundo ex-executivos da empresa, o senador é chamado de “Lindinho” e “Feio” em planilhas do “setor de propinas” da empreiteira. Eles alegam que repassaram ao petista R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões, nas campanhas de 2008 e 2010, via caixa dois. O líder do PT nega todas as acusações.
Não foi desta vez, mas hora dele está chegando.