Em depoimento de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que Bezerra, então secretário de Desenvolvimento de Pernambuco e diretor do Porto de Suape, em 2010, pediu R$ 20 milhões para a campanha do ex-governador Eduardo Campos, morto no ano passado durante as eleições presidenciais. Segundo Costa, os valores teriam sido pagos pelo doleiro Alberto Youssef. O ex-diretor disse que ficou sabendo do fato por meio de Youssef.
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Em nota divulgada por sua assessoria ontem (12), quando o pedido de investigação da PGR foi feito ao Supremo, Fernando Bezerra disse que recebeu com “perplexidade” a inclusão de seu nome entre os políticos investigados. O senador criticou o fato de ter sido incluído na lista uma semana após a divulgação dos nomes dos parlamentares citados pelos delatores. Bezerra disse ainda que os encontros que teve com Costa foram estritamente institucionais.
“O senador reafirma que em 2010 não ocupou nenhuma coordenação na campanha à reeleição do ex-governador Eduardo Campos. Não conhece nem teve contato com o senhor Alberto Youssef, como confirma o próprio depoimento do doleiro. A generalidade da referência ao nome do senador Fernando Bezerra Coelho não converge para uma circunstância mínima capaz de justificar a abertura de investigação. Fernando Bezerra Coelho está tranquilo e preparado para responder a todos os questionamentos necessários e colaborar com a Justiça. Além disso, está confiante, como sempre esteve, que ao final das investigações irá provar sua inocência”, diz a nota.
Até o momento, com base nos depoimentos de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, o Supremo abriu inquéritos contra 50 pessoas citadas nas investigações da Operação Lava Jato.
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