O sigilo dos depoimentos dos policiais federais e procuradores do Ministério Público envolvidos nas operações Vegas e Monte Carlo será decidido nesta terça-feira (8) pelos integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar a relação do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. Pelo regimento do Senado, é necessário colocar um requerimento em votação para que as sessões sejam fechadas.
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De acordo com o presidente da CPMI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), existe a formalidade de apresentação de requerimento para fechar a sessão. Enquanto uma parte dos integrantes da comissão defende o sigilo, outra entende que ela deve ser aberta. Porém, os delegados que participaram das duas operações colocaram como condição para comparecer ao Congresso o fechamento da audiência, já que parte do detalhamento das suas atividades e investigações envolve sigilo. Amanhã, está prevista a oitiva do delegado Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas.
Na quinta-feira (10), também às 14h30, estão previstos os depoimentos do delegado Matheus Mella Rodrigues e dos procuradores da República Daniel de Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela investigação da operação Monte Carlo. O presidente da CPMI acrescentou que, confirmado o sigilo amanhã, ele valerá também para quinta-feira. A tendência, de acordo com o peemedebista, é que o fechamento da sessão seja confirmado pelos 32 integrantes da comissão.
Informações
Hoje, os integrantes da CPMI começaram a ter acesso às informações sigilosas repassadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do inquérito que investiga o senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO), assim como da Operação Vegas e Monte Carlo. Pela manhã, deputados reclamaram da estrutura da sala de acesso aos dados sigilosos compartilhados. Por conta das reclamações, o presidente da CPMI pediu a instalação de mais sete computadores.
O peemedebista também apresentou aos colegas de comissão uma cartilha de como devem se comportar durante e após acessarem os documentos sigilosos. No comunicado, usando como base os regimentos internos da Câmara e do Senado, é ressaltado que os parlamentares não poderão fazer referência às informações em discursos e nem entrar na sala de acesso com máquinas fotográficas ou telefones celulares.
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