Servidores de 32 categorias no Distrito Federal aprovaram indicativo de greve em assembleia realizada nesta quinta-feira (10). A expectativa de se deflagrar uma greve geral não foi concretizada. Porém, grandes categorias como vigilantes e professores vão parar amanhã (sexta, 11) em protesto contra o ajuste fiscal e o não pagamento do reajuste por parte do governo local.
A principal reivindicação das categorias do Distrito Federal é pelo pagamento dos reajustes prometidos pelo governador Rodrigo Rollemberg em outubro do ano passado. Um ano depois do acordo, o governo chegou à conclusão de que não havia dinheiro em caixa para cumpri-lo, e optou por manter os pagamentos em dia, mas sem o reajuste.
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Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta (Sindireta), Ibrahim Yussef, a ausência do governo no debate prejudica a classe trabalhadora. “Além de não apresentar uma contraproposta, ele põe a sociedade contra o serviço público”, ressaltou o sindicalista.
Os professores aprovaram indicativo de greve a partir de fevereiro de 2017, quando começa o ano letivo. Caso o pagamento dos dividendos de novembro não sejam honrados, a categoria promete não entregar os diários de classe e não concluir o ano letivo.
Em paralelo, acontecem ainda as paralisações contra a PEC do Teto de Gastos, em discussão no Senado Federal. Nesta sexta-feira (11), rodoviários prometem parar, assim como alguns professores e membros da segurança pública.
“Vimemos um cenário político e econômico totalmente desfavorável à sociedade e ao conjunto de servidores públicos. Temos feito nosso papel, que é chamar a categoria para o debate e alertado para os ataques à classe trabalhadora”, afirmou Fábio Medeiros, presidente do sindicato dos servidores do Detran-DF (Sindetran).
Logo mais, às 15h, a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, vai protocolar na Câmara Legislativa pedido de impeachment do governador Rodrigo Rollemberg. Segundo a sindicalista, que tem denunciado um suposto esquema de corrupção na Saúde do DF, houve um descumprimento por parte do governador de várias leis, entre elas a que concede reajuste aos servidores e o direito constitucional da sociedade à saúde.