Renata Camargo
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, considerou como “gravíssima” a denúncia feita contra a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, em reportagem da revista Veja, publicada neste fim de semana. A revista diz que a ministra facilita um esquema de pagamento de propina, envolvendo empresário e um dos filhos de Erenice, Israel Guerra.
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A reportagem relata o caso do empresário do setor aéreo Fábio Baract, dono da Vianet Express, que obteve contratos de R$ 84 milhões com o governo graças à intermediação de Israel Guerra, classificado, no texto da revista, como lobista. De acordo com Veja, Baract, para fechar contrato de prestação de serviços com os Correios, teve que pagar uma “taxa de sucesso” ao filho da ministra e seus associados. Essa taxa corresponde a uma propina de 6% do valor do negócio.
“Eu achei uma denúncia gravíssima. O Brasil tem que mudar e a hora é agora, nas eleições. Não é possível que algum partido ache natural essa corrupção. E não é. A Casa Civil é um foco de corrupção”, disse Serra à imprensa, ao sair de um comício neste sábado (11) em Goiânia. Serra lembrou que foi na gestão do ex-ministro José Dirceu na Casa Civil que surgiu o escândalo do mensalão. “E agora volta a ser um centro de maracutaia. Tem que ter punição”, completou.
Questionado pela imprensa sobre a denúncia, o candidato a vice de Serra, Índio da Costa, afirmou que “a Erenice não existe, Erenice é a Dilma”. “A Erenice trabalha para quem? A Erenice não existe, Erenice é a Dilma. A democracia está ameaçada com esse nível de vale-tudo, de tanto faz: é quebra de sigilo, distribuição de recursos agora…”, disse Índio, enfatizando que o esquema denunciado pela revista se passou na época em que Dilma era chefe da Casa Civil.
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