Edson Sardinha
Após participar de missa em comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendeu hoje (12) o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado pela petista Dilma Rousseff, no debate da Band, de ter desviado R$ 4 milhões que seriam destinados à campanha do tucano. Segundo ele, Dilma citou o nome do engenheiro para desviar o foco das acusações contra a Casa Civil e produzir um “factóide para pegar na imprensa”.
“Acho curioso dar ao fato uma importância que de fato ele não tem”, afirmou Serra. “A acusação contra ele é injusta. Não houve desvio de dinheiro de campanha por parte de ninguém, nem do Paulo Souza”, acrescentou.
Conhecido como Paulo Preto, ele foi diretor da estatal paulista responsável pela realização de obras viárias, a Dersa. Em entrevista à Folha de S. Paulo nesta terça-feira, Paulo alegou inocência e cobrou uma defesa do tucano. A denúncia à qual a petista se referiu foi publicada este ano pela revista IstoÉ. “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada”, afirmou. “Ele me conhece”, ressaltou.
O candidato tucano não respondeu se conhecia Paulo Preto. “Ele é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de Engenheiro do Ano, no ano passado. Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo”, disse Serra, conforme informa a Folha.
O tucano disse que não respondeu o questionamento de Dilma sobre o assunto porque a declaração da petista foi feita numa tréplica a que ela tinha direito. “O curioso é que Dilma está preocupada com problemas internos da nossa campanha quando a nossa preocupação é com o destino do dinheiro da Casa Civil, dinheiro público, dinheiro dos contribuintes. Não é dinheiro que algum empresário doou para uma campanha”, afirmou Serra.
Serra participou de missão solene na cidade de Aparecida (SP) em homenagem à padroeira do Brasil. Estava acompanhado da mulher, Mônica Serra, do vice, Índio da Costa (DEM), e do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin.
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