Os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Humberto Costa (PT-PE) entregaram, na tarde desta quarta-feira (23), uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra José Saraiva, membro da Comissão de Ética da Presidência da República. Os parlamentares solicitam a demissão imediata do conselheiro. Na manhã de hoje (quarta, 23), José Saraiva pediu afastamento das investigações em relação ao ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
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Reportagem da Folha de S.Paulo mostra que Saraiva advoga para a entidade que representa as construtoras da Bahia, entre elas, a dona do empreendimento La Vue, pivô da saída do ministro da Cultura, Marcelo Calero, e da denúncia contra o articulador político de Temer. De acordo com o Globo, Saraiva tem ligações com o PMDB baiano, de Geddel. Ele foi condecorado com o título de cidadão de Salvador a pedido do então governador Pedro Godinho (PMDB), aliado do ministro. Motivo que embasou a representação enviada à PGR.
Em mensagem dirigida ao presidente da comissão, Mauro Menezes, o conselheiro alegou “suspeição” para justificar seu afastamento. “Suspeição por fatos supervenientes, consistentes nos questionamentos divulgados em veículos de comunicação, a respeito da minha isenção para atuar na questão”, justificou-se.
“Restou evidente o intuito do Conselheiro José Saraiva em omitir a sua suspeição em relação ao procedimento tratado, fato que cristaliza a violação dos seus deveres de Conselheiro, revelando a incompatibilidade do nobre exercício da função perante a Comissão de Ética Pública da Presidência da República”, destacam os senadores.
Publicidade“Diante dos fatos mencionados, os signatários entendem que o representando não dispõe de idoneidade moral para exercer a relevante função de Conselheiro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Desse modo, requerem a promoção por parte do Ministério Público das medidas necessárias ao desligamento do Conselheiro José Leite Saraiva Filho da Comissão de Ética Pública da Presidência da República”, acrescentam os parlamentares.
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