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Além desses projetos, a frente tem como objetivo combater toda e qualquer proposição legislativa que atente contra as conquistas da cidadania e os direitos sociais em vigência, segundo documento elaborado pela liderança do PSB no Senado. “Não podemos deixar que passem essas mudanças reacionárias. Em vez de avançar na reforma política, estão querendo nos obrigar a regredir em relação a conquistas sociais fundamentais, conquistas que foram fruto de muita luta, de muita gente”, sentenciou o senador Cristovam.
Outro integrante da frente, Lindbergh Farias (PT-RJ) diz esperar que a frente ganhe mais cinco reforços nos próximos dias. Ele fez questão de destacar que o grupo não pretende estimular a animosidade já existente entre as Casas, com o protagonismo de Renan e Eduardo Cunha, mas apenas manifesta “inquietação” com a onda conservadora na Câmara.
“Nós, e também uma boa parcela da sociedade, estamos preocupados com a agenda conservadora e de retirada de direitos. A Câmara aprovou ontem [terça, 28], por exemplo, um projeto que tira os rótulos dos produtos transgênicos. Se virar lei, não será mais obrigatório deixar claro nas embalagens que aquilo é um produto transgênico”, disse o petista, referindo-se ao projeto de lei que institui o marco legal da biodiversidade, que teve tramitação concluída e foi enviado para sanção presidencial.
Líder do Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia (PSB, PCdoB, PPS e Psol), Lídice da Mata (PSB-BA) explicou que apenas uma ação organizada, como é o caso da frente, é capaz de interromper a ofensiva conservadora. “[O grupo visa] uma visão do Senado sobre a crise econômica e como sair dela. Queremos ainda a reforma política. Nós não podemos enfrentar as eleições de 2016 nas mesmas condições do ano passado. O Brasil, a política brasileira e a experiência de tudo que vivemos demonstram que precisamos de mudanças já”, exortou a senadora.
Além de Cristovam, Lindbergh e Lídice, participaram da reunião com Renan senadores como Humberto Costa (PT-PE), Walter Pinheiro (PT-BA), Randolfe Rodrigues (Psol-AP), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Ângela Portela (PT-RR), Rose de Freitas (PMDB-ES) e João Capiberibe (PSB-AP). Também compõem a frente, entre outros, Roberto Requião (PMDB-PR), Donizeti Nogueira ( PT/TO), Regina Sousa (PT/PI), Jorge Viana ( PT/AC), Roberto Rocha ( PSB/MA), Paulo Paim ( PT/RS), Hélio José ( PSD/DF) e Telmário Mota (PDT/RR).
“É com preocupação que vemos a Câmara de Deputados tomando iniciativa em projetos como os da redução da maioridade penal, do Estatuto da Família, da terceirização, aprofundando a precarização dos direitos do trabalhador e propondo alterações no Estatuto do Desarmamento. Defender históricas conquistas de direitos dos trabalhadores e da cidadania, obtidos graças à luta de diversos movimentos sociais ao longo de anos, e impedir que eles sofram graves retrocessos é o objetivo que nos unem em torno dessa Frente Progressista Suprapartidária”, diz o manifesto dos senadores.
Com informações da Agência Senado.
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