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Jucá aparece em gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Nos áudios, ele diz que os políticos deveriam fazer um “pacto” para “estancar a sangria” causada pela operação. Também em razão da divulgação dos áudios, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão de Jucá e dos presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além do ex-presidente da República José Sarney.
Em nota, João Alberto justificou que “a representação é insuficiente para abertura do procedimento”. Segundo o presidente do Conselho de Ética, na petição “não constaram os documentos que a deveriam instruir, nem o rol de testemunhas e nem a especificação das demais provas que se pretende produzir”.
O PDT irá recorrer da decisão ao plenário do Conselho de Ética. No mês passado, o mesmo colegiado decidiu cassar o senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) depois do vazamento de áudios que mostravam o parlamentar tentando interferir nas investigações, assim como Jucá.
Denúncia
Nesta terça, o senador Telmário Mota (PDT-RO) protocolou outra denúncia contra Jucá no Conselho de Ética. Na representação, o pedetista alega que foi ofendido por Jucá. Telmário diz que foi chamado de “bandido”, “desqualificado” e acusado de ser “sustentado pela mulher com dinheiro roubado da Assembleia Legislativa” de Boa Vista.
Segundo Temário, houve “fortes elementos que demonstram que o denunciado [Jucá] cometeu falta disciplinar”. Caso acatada pelo colegiado, a representação pode acarretar na suspensão do mandato do peemedebista, sanção mais leve do que, por exemplo, a cassação do mandato.