Por 56 votos a 6, sem abstenções, o Plenário do Senado aprovou a recondução de Roberto Gurgel ao comando da Procuradoria Geral da Republica (PGR). Eram necessários ao menos 41 votos (maioria absoluta dos 81 senadores) para a aprovação do procurador-geral, como determina a Constituição. Assim, Gurgel terá mais dois anos à frente do Ministério Público Federal.
A decisão do plenário ratifica sabatina realizada mais cedo na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, quando apenas um entre os 23 membros do colegiado votou contra a indicação de Gurgel – a votação é secreta, procedimento repetido no plenário. Na ocasião, Gurgel falou sobre temas polêmicos, como o recente parecer sobre a evolução patrimonial do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, mas foi elogiado por diversos senadores, inclusive da oposição.
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Nascido em Fortaleza (CE), casado e pai de dois filhos, Gurgel foi aprovado no quinto concurso público para o cargo de procurador da República. Ele ingressou na carreira em julho de 1982, como procurador da República de 2ª categoria. Foi vice-procurador-geral da República de julho de 2004 a junho de 2009, quando acabou indicado pelo então presidente Lula para o cargo máximo do MPF. Pela segunda vez, ele encabeçou a lista tríplice que resultou da consulta feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) dentro da categoria.
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