O convite da CRE será destinado a Mitzy Capriles de Ledezma, casada com Antônio Ledezma, e Lilian Tintori de Lopez, esposa de Leopoldo López. Ambos são opositores do regime bolivariano encabeçado pelo presidente Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, morto em março de 2013.
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Subscrito também pelo vice-presidente da comissão, Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), o requerimento aprovado pretende jogar luz sobre a situação política no país vizinho – que, para Aloysio, viola direitos humanos e ignora direitos dos presos.
Prefeito de Caracas, Antônio Ledezma foi preso em pleno exercício do mandato em janeiro, por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional. A prisão foi justificada com a versão de que Ledezma é um dos artífices de suposta conspiração para tirar Maduro do poder. Em 24 de fevereiro, em meios a protestos populares, um adolescente de 14 anos foi morto por um tiro disparado pela polícia.
Já Leopoldo Lopez, ex-prefeito do município de Chacao, foi preso em fevereiro de 2014 sob acusação de ter estimulado a violência durante manifestações populares contra o governo Maduro. Na ocasião, protestos paralisaram o país em clima de caos social, em um contexto de severas restrições na oferta de serviços e produtos básicos de consumo. Ao todo, 43 mortes foram registradas.
Para Aloysio, o assunto deve ser tratado no âmbito do Senado brasileiro, uma vez que a Venezuela foi definitivamente incorporada ao Mercosul, em 2012, em boa medida graças à atuação do Brasil, na condição de líder continental. A Casa aprovou o processo de adesão em dezembro de 2009. “Trata-se, sem dúvida, de assunto da maior relevância, sobre cujo debate esta comissão não pode declinar pela importância de sua atribuição regimental e competência nesta Casa”, ponderou o tucano.
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