A iniciativa de devolver o mandato de Prestes e de Chermont foi do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). “Com esta cerimônia de hoje, estamos dando fim à insensatez da cassação dos mandatos comunistas no século passado. Prestes volta, simbolicamente, à sua cadeira de senador para o desagravo da dignidade nacional, para segurança da democracia, para respeito da história”, afirmou Arruda. A revogação foi aprovada pelos senadores no plenário da Casa em 16 de abril.
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Além de parlamentares, familiares dos dois políticos também participam da cerimônia, entre eles a viúva Maria do Carmo, as filhas Ermelinda e Zóia, o filho Luiz Carlos, a neta Ana Maria e o neto Eduardo. Representando Chermont estão o neto Carlos e a bisneta Ana Paula. “o reconhecimento do senador Luiz Carlos Prestes, através desta cerimônia de devolução simbólica do seu mandato, não pertence a mim nem à minha família. Pertence ao povo brasileiro, que o elegeu, em 1945, com mais de 150 mil votos”, afirmou Maria do Carmo.
Para a viúva, Prestes incomodava principalmente os “latifundiários, fazendeiros e empresários que eram, e ainda são, donos de grandes áreas de terra no nosso país”. Para ela, a devolução simbólica do mandato do líder comunista é uma vitória do povo brasileiro. “Prestes foi anistiado depois de ser perseguido neste país durante 70 anos. Foi um dos políticos de maior destaque não só no Brasil, mas em todo o mundo”, completou.
Durante a cerimônia, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez um pedido de desculpas formal à família de Prestes. “Como presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, em nome da instituição, peço desculpas à família de Luiz Carlos Prestes pela atrocidade patrocinada pelo Estado contra um ilustre brasileiro, legitimamente escolhido pelo povo para representá-lo”, afirmou o peemedebista.
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