Estou convencido de que todos os que conquistam a estabilidade financeira sem, mais tarde, oferecer em troca esforço à altura, como o uso do talento para servir ao bem comum, praticam fraude, tenham ou não consciência disso. Trata-se de fraude contra os valores éticos que devemos preservar em nossa vida profissional, a qual não pode visar apenas às vantagens financeiras, sob pena de nada construir de útil para a sociedade.
Penso que a pessoa que corteja a prosperidade no serviço público deve, em todas as suas ações, quer sejam materiais quer sejam mentais, oferecer retorno justo à sociedade, em troca do que recebe do Estado e, por extensão, do cidadão-patrão. No âmbito espiritual, essa maneira de agir significa fazer aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem a nós ou, como diz o ditado popular, “fazer o bem sem olhar a quem”. Trata-se de princípio de vida que muito me agrada mencionar, pois procuro praticá-lo.
Uma das regras para que alguém seja bem-sucedido no trabalho, principalmente no serviço público, é não se considerar mero empregado dentro de uma estrutura que não individualiza as oportunidades. Ao contrário: se o profissional personalizar sua atuação, terá mais possibilidades de desenvolver uma carreira de sucesso, com ascensão muito mais rápida e reconhecimento de seu valor pelos chefes e colegas. Há uma regra de ouro, nesse aspecto: o funcionário que trabalha tão cuidadosa e conscientemente longe do empregador quanto quando este tem os olhos sobre ele não ficará por muito tempo em posição inferior.Leia também
Logo, o servidor público de bem com o trabalho e a vida comanda, com sua própria presença, a moralidade dos outros, tornando-os melhores do que eram em suas tarefas e transformando a rotina diária em tarefas produtivas e prazerosas. Sempre colhi bons frutos desse comportamento.
Sempre pautei minha conduta com a convicção de que o homem de inabalável retidão é, no fundo, um herói. E não tenho dúvidas de que a honestidade é o caminho mais seguro para o sucesso.
Parabéns pelo excelente artigo. São de pessoas assim que o Brasil precisa e se orgulha.
Como dizia o Inhô:
Se der o “molho de chaves” na mão do “quarqué”, só causa desastre!