“Os governadores têm que fechar um texto com o governo federal, para não ser um texto de batalha. Se for um texto de batalha prefiro não fazer a votação e esquecer o assunto”, ressaltou Maia. “Se tiver um acordo em um texto que o governo federal aceite, tudo bem. Se não, melhor não votar. Se não votar segunda ou terça, esquece”, acrescentou Rodrigo Maia à Folha.
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O principal desentendimento diz respeito à pressão feita por prefeitos e governadores. Eles pedem maior arrecadação com a regularização dos bens e valores de brasileiros não declarados à Receita Federal. Os valores giram entre R$ 25 bilhões a R$ 50 bilhões.
Na última sexta-feira (7), deputados e governadores tentaram negociar com o Planalto formas de elevar a arrecadação dos estados e municípios. Cerca de R$ 5 bilhões já são destinados aos entes federados, porém, também solicitam participação no montante arrecadado com as multas a serem aplicadas.
“Não trate a gente como palhaços”
No dia 5, Maia se irritou ao saber que o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), afirmou que poderia deixar de votar pontos que não tiveram acordo entre os parlamentares no projeto que altera a lei de repatriação de recursos enviados ao exterior e não declarados à Receita Federal. Nas últimas semanas, Maia trabalhou com afinco junto aos deputados para aprovar a proposta que tributa os valores enviados pelo contribuinte ao exterior em 31 de dezembro de 2014, e tinha como certo o apoio do governo de Michel Temer.
Publicidade“Agora, o governo quer de novo o filme, então não trate a gente como palhaço”, respondeu Maia, visivelmente exaltado. “Quero dizer o seguinte: se essa arrecadação vier abaixo do que está se esperando, o governo não vai fechar a conta e vai ficar com a conta aberta. Estou dizendo explicitamente: o grande conflito era foto ou filme. Agora, o governo quer de novo filme. Então, não trate a gente como palhaço”, criticou o presidente da Câmara.
Leia a íntegra da matéria divulgada pela Folha
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