Em discurso na tribuna do plenário, a candidata avulsa do PMDB à presidência da Câmara, deputada Rose de Freitas (ES), fez críticas à forma com que o partido conduziu a indicação da candidatura própria ao posto. Segunda maior bancada da Casa, com 81 deputados (PT tem 87), o PMDB tem como candidato oficial o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), alvo de uma série de denúncias. “O meu partido não convocou a bancada para que houvesse uma disputa entre candidatos”, reclamou Rose, diante de um plenário com cerca de 400 dos 513 deputados. Atual vice-presidente da Câmara e em seu sexto mandato, Rose disse que chegou a ser tratada como candidata “clandestina, dissidente”, mas lembrou os 98 mil votos capixabas recebidos em 2010. “Sou candidata do meu partido, do PMDB.”

 

Leia a íntegra do discurso de Rose de Freitas

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Emocionando-se ao mencionar a presença da mãe de 89 anos, Maria de Lourdes Teles de Freitas, Rose fez duras críticas à submissão da Câmara ao poder Executivo, e reclamou também da maneira como são definidos os critérios de prioridade dos projetos levados à votação. “Esta Casa não vota os projetos dos próprios parlamentares. Quando se vota, parece que se está pedindo favor”, fustigou a deputada, acrescentando que alguns de seus pares deixam de votar projetos se suas emendas individuais ao orçamento não forem liberadas.

Rose também mencionou o fato de que há mais de 3 mil vetos presidenciais à espera de votação do Congresso – alguns há cerca de 12 anos na fila. A referência remete ao final do ano passado, quando os parlamentares quase votaram, em uma só sessão, todos os vetos apenas para alcançar o mais recente deles, relativo à redefinição dos royalties do petróleo.

Confira as propostas dos candidatos à Presidência da Câmara:

Veja as principais propostas de Henrique Eduardo Alves
Veja as principais propostas de Júlio Delgado
Veja as principais propostas de Rose de Freitas