A compra do sítio, realizada com R$ 1,5 milhão, foi registrada no escritório de Teixeira. O imóvel está em nome de dois sócios de um dos filhos de Lula, Jonas Suassuna e Fernando Bittar – filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT), amigo do ex-presidente.
“O fato de o advogado Roberto Teixeira ter participado da aquisição do sítio, tendo sido inclusive lavrado as escrituras das compras em seu escritório, somado à circunstância de Roberto Teixeira ser bastante próximo de Lula e de sua família, e não de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, formais adquirentes do sítio, é mais um sinal de que esses ‘amigos da família’ serviram apenas para ocultar o fato de que foi em favor de Lula que o sítio foi adquirido”, registra a força-tarefa da Lava Jato, no pedido de buscas da Operação Aletheia – 24ª fase da Lava Jato.
Segundo os procuradores, a participação de Teixeira na aquisição do sítio foi reconhecida por Adalton Emilio Santarelli, antigo dono do Sítio Santa Bárbara. “Informou que Roberto Teixeira foi o advogado que representou Jonas Suassuna e Fernando Bittar na aquisição do imóvel, em 2010”.
Um dos indícios anexados ao pedido de investigação apresentado ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, é um e-mail remetido pelo compadre de Lula “no qual a utilização de Jonas Suassuna como pessoa interposta fica bastante clara”. De acordo com o Estadão, Moro transcreveu o e-mail em seu despacho: “Conforme solicitado, segue minuta das escrituras de ambas as áreas. Falei ontem com o Adalton e a área maior está sendo posta em nome do sócio do Fernando Bittar. Qualquer dúvida, favor retornar.”
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