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Antonio Carlos Biscaia: “Votei pela cassação de José Dirceu”
“Avisei José Dirceu sobre Roberto Jefferson e fui ignorado”, diz ex-deputado petista
Antonio Carlos Biscaia surgiu na vida política nacional depois de conduzir, como procurador-geral do Rio de Janeiro, uma investigação que levou à prisão da cúpula do jogo do bicho no Estado. Filiado ao PT a convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , foi para a política. Decepcionou-se. Agora Biscaia resolveu contar num livro de memórias, Biscaia (Editora Cássara, 341 páginas, R$ 50), o que viu nos anos em que foi deputado. Nesta entrevista, afirma que alertou o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, sobre um esquema de corrupção na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) do Rio que dizia ser comandado pelo deputado cassado Roberto Jefferson. “Minha advertência foi ignorada.” Posteriormente, o mesmo Jefferson acusou Dirceu de comandar o mensalão. Biscaia contou que votou no plenário da Câmara pela cassação de Dirceu. Ele revelou ainda uma tentativa de suborno quando investigava os bicheiros do Rio. A biografia de Biscaia chegará às livrarias no início do mês que vem.
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Exército da Guiné mata cinco em protesto contra a Vale
Cinco pessoas foram mortas pelo exército da Guiné num protesto contra a Vale. O incidente teria ocorrido na noite da última sexta-feira, dia 10. Os distúrbios teriam começado dois dias antes, quando os manifestantes atacaram instalações da Vale porque a empresa não restringia suas contratações aos grupos étnicos locais, chamados guerzes e tomas. A mineradora brasileira constrói a maior mina de ferro da África. Procuradaantes da publicação desta nota, a assessoria de imprensa da Vale decidiu não comentar o assunto. Cinco horas depois, pediu que fosse ressaltado o fato de que as mortes ocorreram dias depois dos ataques às instalações da empresa.
O Supremo é pop: Gilmar Mendes será apresentador de TV
Aos 56 anos, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, abraçará uma nova carreira: apresentador de televisão. Mendes terá um programa na TV Senado, em que dará informações sobre a história e os bastidores da Assembléia Constituinte, que fez a Carta de 1988. A atração foi idealizada pelo Instituto Brasiliense de Direito Público, faculdade de que Gilmar é sócio. O contrato ainda não foi assinado, mas está decidido que o programa estreará neste ano.
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A máfia dos uniformes
Ex-executivo de empresa investigada pela PF, Djalma Silva conta como funciona o esquema de fraudes com a Prefeitura de São Paulo. E diz que o fornecimento dos kits de uniformes envolve pagamento de propina acertada por Alexandre Schneider.
Empresário de 42 anos, natural de Pindamonhangaba (SP), Djalma S. Silva trabalhou por mais de um ano na Diana Paolucci, empresa investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por integrar um cartel de fornecedoras de uniformes para escolas da rede pública. A Diana Paolucci chegou a ser proibida, por 11 meses, de firmar contratos com a Prefeitura de São Paulo. Com salário fixo de R$ 10 mil e uma comissão de 30%, Djalma era diretor-comercial da companhia e tinha a tarefa de abrir portas no poder público. Foi nesta condição que ele participou de reuniões e negociatas que tentavam ampliar a participação da Diana Paolucci no mercado de fornecimento de kits escolares. Agora Djalma está fora da empresa e diz que se desligou por não concordar com os métodos adotados durante a negociação dos contratos. Na quarta-feira 15, Djalma Silva recebeu a reportagem de ISTOÉ. Em entrevista exclusiva, resolveu escancarar o funcionamento do submundo da máfia dos uniformes em São Paulo, denunciada pela revista em sua última edição.
O custo da greve
Paralisação de professores de 57 universidades dura três meses e perda aos cofres públicos já soma R$ 3,7 milhões.
Entre as várias categorias de servidores públicos em greve, no primeiro teste da relação da presidenta Dilma Rousseff com os movimentos sindicais, uma chama a atenção pela dificuldade de o governo chegar a um acordo. A paralisação de professores de 57 universidades e três institutos federais completou três meses na sexta-feira 17, rachou o movimento, obrigou o governo a apresentar duas propostas diferentes, mas avançou mais uma semana sem um sinal claro de volta às aulas. Embora os prejuízos econômicos neste caso não sejam tão facilmente computados, como o que ocorre com o bloqueio de exportações, causado por outras categorias paradas –, o Ministério da Educação contabiliza perda de R$ 3,7 milhões aos cofres públicos. O prejuízo é correspondente aos custos para manter as estruturas de ensino sem o devido uso.
O delator quer dinheiro
Ex-militante da ALN que virou colaborador do regime militar e entregou 192 companheiros reivindica uma indenização de R$ 100 mil.
Entre as várias categorias de servidores públicos em greve, no primeiro teste da relação da presidenta Dilma Rousseff com os movimentos sindicais, uma chama a atenção pela dificuldade de o governo chegar a um acordo. A paralisação de professores de 57 universidades e três institutos federais completou três meses na sexta-feira 17, rachou o movimento, obrigou o governo a apresentar duas propostas diferentes, mas avançou mais uma semana sem um sinal claro de volta às aulas. Embora os prejuízos econômicos neste caso não sejam tão facilmente computados, como o que ocorre com o bloqueio de exportações, causado por outras categorias paradas –, o Ministério da Educação contabiliza perda de R$ 3,7 milhões aos cofres públicos. O prejuízo é correspondente aos custos para manter as estruturas de ensino sem o devido uso.
Começa o espetáculo da campanha mais cara da história
O custo do horário eleitoral na tevê, que se inicia terça-feira, vai passar de R$ 3,5 bilhões. E é com esses gastos que os candidatos esperam reverter votos ou consolidar lideranças.
No próximo dia 21, a propaganda eleitoral gratuita chegará às casas dos brasileiros. Essas aparições compulsórias em horário nobre são a esperança para os candidatos que querem reverter o jogo desfavorável ou para aqueles interessados em consolidar posições de liderança. Por isso, a produção desses programas ocupa o primeiro lugar na prioridade de despesas das campanhas. De acordo com as planilhas elaboradas por partidos políticos e comitês financeiros, a soma de gastos com produção e edição dessas peças deve passar de R$ 3,5 bilhões. O valor representa 10% dos R$ 34 bilhões que os candidatos de todo o País anunciaram despender, e transformam o pleito de outubro no mais caro da história. Tanto investimento se deve à capacidade de essa exposição desenhar de forma decisiva o desfecho das eleições. Em 2008, por exemplo, em apenas três capitais o vencedor foi o mesmo que liderava as pesquisas antes da campanha ganhar espaço na tevê. “A realidade tem mostrado que o programa eleitoral é o maior responsável pelos resultados das eleições. De longe, esse é o mais importante instrumento para quem disputa um cargo eletivo”, avalia Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi.
A reação de Gurgel
Sob ataques pesados dos advogados dos réus do mensalão, procurador-geral da República diz que defesa está desesperada e que há provas para condenação.
Nos últimos dez dias, o Brasil assistiu aos argumentos e teses apresentados pelos advogados dos réus do mensalão, em uma tentativa de mostrar que o maior escândalo da história recente do País não passou de uma peça de ficção inventada pelo Ministério Público Federal. O repertório da defesa incluiu citações de poemas, músicas e declarações que tentam minimizar os crimes cometidos. Poucos argumentos, no entanto, se repetiram tanto quanto os ataques ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, responsável pela denúncia. A atuação dos defensores inundou o Supremo Tribunal Federal de adjetivos e por diversas vezes deixou de lado os aspectos jurídicos da ação. Gurgel foi taxado de omisso, inconsequente, desleal, intimidador e, até, incompetente. Ouviu a todos os insultos com um semblante impassível, quase congelado. Publicamente, ele tem adotado uma posição cautelosa e insistido na tese de que quem representa a acusação está sempre propenso a esse tipo de ofensiva. Nos bastidores, no entanto, o procurador tem reagido com vigor. A pessoas próximas ele disse acreditar que essa conduta é resultado do “desespero da defesa”, que teve dificuldades de apresentar justificativas e argumentos que desconstruíssem a tese de que o mensalão realmente existiu. “Temos provas e tenho certeza de que o Supremo fará justiça que, nesse caso, significa a condenação”, diz ele.
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