Reportagem da revista IstoÉ deste fim de semana, com o título “Unidos pelo petróleo”, fala sobre as relações entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator de esquema de corrupção na estatal, e o governador do Ceará, Cid Gomes. A semanal – que na edição anterior revelou que Cid também havia sido citado por Costa em depoimento, como um dos beneficiários do esquema – desmente a versão do político cearense de “nunca haver estado com ele na vida”.
“Suas explicações iniciais, porém, foram desmontadas em pouquíssimas horas. No mesmo dia da publicação da reportagem de ISTOÉ, pipocaram nas redes sociais fotografias de encontros e eventos em que Paulo Roberto Costa e Cid Gomes aparecem lado a lado. Numa das imagens, o delator e o político cearense demonstram intimidade. Sorriem um para o outro. Uma dessas fotos foi tirada no dia 10 de junho de 2008 no Palácio de Iracema, antiga sede do governo do Ceará. Na imagem, Cid está sentado à cabeceira de uma ampla mesa de reuniões, tendo Costa imediatamente a seu lado”, diz trecho da reportagem.
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A revista detalha negócios fechados entre o governador e o então diretor de Abastecimento da Petrobras, como o projeto da refinaria Premium II, “anunciada com pompa pelo governo do Ceará como a futura maior refinaria de petróleo do mundo com produção de 300 mil barris por dia e investimentos estimados em R$ 11 bilhões”.
“Foi apenas o primeiro de muitos encontros entre Cid e Costa. Os dois estiveram juntos participando de reuniões para tratar de negócios privados, mesmo depois de Costa ter deixado a Petrobras em abril de 2012. Em maio de 2013, ambos trataram de um projeto pessoal do delator e ex-diretor de Abastecimento da estatal: a instalação no Estado de uma minirrefinaria de petróleo. Em 17 de janeiro deste ano, Costa esteve em mais um encontro com Cid. Na reunião, o governador do Ceará lhe prometeu uma área de dez hectares no Complexo Industrial e Portuário de Pecém”, informa a semanal.
Dilma Bolada
Já a revista Época publica reportagem sobre a estratégia da campanha petista para as redes sociais e o “nome mais conhecido da guerrilha digital do PT”, Jeferson Monteiro, carioca de 24 anos e criador da personagem “fake” do Facebook, Dilma Bolada. Segundo a reportagem, cifras “na casa dos dois dígitos” é que, na verdade, mantém as postagens bem humoradas e elogiosas à presidenta da República, em tratativas que envolve embates com o responsável pela estratégia digital, Franklin Martins.
“Segundo documentos internos da campanha e entrevistas reservadas com três integrantes do comitê à reeleição de Dilma, todos com conhecimento das tratativas entre Monteiro e o PT, o ‘consenso’ a que ele se referia era, sobretudo, financeiro. Desde o começo do ano, Monteiro recebera do PT a promessa de que ganharia um valor mensal, na casa de dois dígitos, para manter no ar Dilma Bolada. Monteiro também queria manter total controle sobre a personagem – ninguém deveria proibi-lo de escrever as tiradas que quisesse. Franklin, responsável pela estratégia digital da campanha petista, não aquiescia. Detestava Monteiro. Nesse assunto, como em outros, atropelava politicamente quem discordasse dele”, diz trecho da reportagem.
Intitulada “Jeferson Monteiro quer faturar R$ 500 mil com sua Dilma Bolada”, a reportagem também descreve como foi montado um “bunker” em uma casa no Lago Norte, bairro valorizado de Brasília, para funcionar como espécie de redação do site Muda Mais, de apoio a Dilma. A revista informa ainda que a estrutura de trabalho e o conteúdo do site, que reúne jornalistas e rotina definida, é mantida pela campanha petista, ao contrário da informação oficial de que seria responsabilidade de “colaboradores espalhados por vários estados do país”.
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