Contrariando as críticas que têm sido feitas nos bastidores do PT, o partido aprovou documento, nesta quinta-feira (29), em que alivia críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como também poupa o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em relação às políticas adotadas para recuperar o crescimento econômico do país.
Reportagem da Folha de S.Paulo informa que o texto é resultado de recomendações do ex-presidente Lula. A sigla mencionou o presidente da Casa legislativa apenas ao final do documento, quando avalia que Cunha e a “ala conservadora” do PMDB flertam com “o impeachment presidencial”.
De acordo com o jornal, a cúpula do PT, reunida em encontro do Diretório Nacional, avaliou que houve recuo no tom adotado pelo ex-presidente e pelo presidente do partido, Rui Falcão. Os dirigentes consideraram os discursos como “conciliadores”.
A publicação diz que a expectativa dos dirigentes era de que Rui mantivesse as falas “mais agressivas” que vinha direcionado a Joaquim Levy. Na semana passada, o presidente da sigla concedeu entrevista afirmando que, caso Levy não estivesse disposto a amparar novo comportamento com os rumos da economia, o ministro deveria deixar o cargo.
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O contrário do esperado também ocorreu quanto a Lula. Ele, que vinha falando que Levy tinha “prazo de validade” e até sugeriu a substituição do economista a Dilma, cessou as críticas e sugestões pela saída do ministro. Em discurso da reunião do diretório, Lula abrandou e pediu paciência ao PT. Ele disse que a, para melhorar os resultados na economia, não adianta trocar Levy.
Os dirigentes também estranharam a única parte do documento que dirigiu críticas a Cunha. Segundo eles, citar que o presidente da Câmara flerta com o impeachment, sem mencionar às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro que vem sofrendo, em decorrência da Operação Lava Jato, é um aceno à base sem adotar posição contrária.
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