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Ontem (quarta, 15), depois de tentar conduzir aprovação de projeto que não interessa ao governo, Renan disse que não sabia da substituição no ministério. Questionado pelo Congresso em Foco sobre seu grau de apadrinhamento a Vinicius Lages, o senador disse que seu partido deveria abandonar disputas como espaço em ministérios, deixando de lado o fisiologismo e demais práticas da “velha política”. A assessoria de Renan disse à reportagem que o senador não comentaria a nomeação do ex-ministro.
“Tenho defendido menos ministérios. Como pode alguém que defende menos ministérios estar pensando em nomear ministro, ou autorizar nomeação de ministro? Seria uma incoerência, e essa incoerência não dá para ser compartilhada”, disse Renan ao deixar o plenário. “Acho o seguinte: esse momento de qualificação do Congresso Nacional não pode ser confundido, de forma nenhuma, com a ocupação fisiológica de cargos. O PMDB tinha saído dessa pauta, dessa agenda, e não pode voltar a essa pauta. O país não quer isso.”
No entanto, como informa o site do jornal O Globo, Renan ficou contrariado com a troca e recusou ofertas de Dilma para que seu “afilhado político” fosse realocado em um cargo de segundo escalão. Ontem (quarta, 15), o senador disse que concordar com os acenos palacianos equivaleria a “aceitar barganha”.
“A fundamental mudança que temos que fazer no Brasil é exatamente essa: fazer uma reforma do Estado para que essas coisas deixem de acontecer. E que ocupem os cargos as pessoas que têm os melhores perfis”, disse o senador.
Segundo a publicação, Dilma chegou a enviar ao Senado emissários do Planalto para compensar a exoneração do aliado de Renan. A representação presidencial ofereceu alternativas de remanejamento de Vinicius em postos estratégicos. Foram ofertadas as presidências da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ou da Infraero. Renan, que tem recusado convites de Dilma para encontros reservados, rejeitou todas as propostas e levou Vinicius ao Senado.
Publicidade“A presidente ofereceu cargos muito importantes, mas declinei por coerência com o que temos afirmado de que não se trata de cargos neste momento, mas de desacreditar num projeto de desenvolvimento onde o reconhecimento sobre o que fazemos foi avalizado pelo mercado, pelo Congresso e pelo governo”, disse o novo chefe de gabinete à reportagem de O Globo.
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