O relator da Comissão Especial da reforma política, Marcelo Castro (PMDB-PI), classificou como “desrespeito” a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de levar o tema diretamente a votação em Plenário.
Estava prevista para esta segunda-feira (25) a sessão da Comissão Especial que iria discutir o relatório a ser encaminhado ao Plenário. Mas a sessão foi cancelada. Cunha determinou que a reforma política fosse votada diretamente pelo Plenário alegando que isso facilitaria a votação. Com a manobra, Cunha inutilizou o relatório da Comissão Especial que nem chegou a ser apreciado.
“Eu acho uma completa falta de respeito (a decisão de Cunha). Não ao relator em sim, mas ao relator e aos 68 membros da Comissão”, disse Marcelo Castro. “Quer dizer, o trabalho nosso vai ser substituído pro um relator de Plenário que vai fazer em cinco minutos aquilo que nos fizemos em três meses”, declarou.
O relator da matéria em Plenário será o presidente da Comissão, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Para Castro, o relator da matéria que será apreciada pelos deputados terá que “ser um submisso ao presidente da Casa”. “Se o presidente tem algo contrário à mim é o fato de que eu não seria submisso a ele e não seria a ninguém. Só sou submisso aos interesses do meu país e nada mais”, complementou Castro.
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