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Para ele, o que aconteceu no Senado foi mais que um “tratoraço”. “O tratoraço acontece quando a maioria impõe algo à minoria. O que vimos hoje foi mais que isso. O Senado agiu como se não fizesse diferença para a República, chancelando, carimbando um texto que não pode sequer analisar”, reclamou. Para Randolfe, a prerrogativa de Casa Revisora do Senado foi fortemente desrespeitada hoje e abre precedentes graves. “O Senado não esteve à altura de personalidades que passaram por aqui. Me sinto aviltado nas minhas atribuições. O povo do meu estado me elegeu para que eu pudesse cumprir minhas obirgações, e hoje não pude fazer isso”, lamentou.
O líder do DEM na Casa, José Agripino Maia (RN), também reclamou do resultado. “O senado fez o que o seu mestre, no caso a mestra, mandou”, disse em referência à pressão feita pela presidenta Dilma Rousseff sobre o Congresso. Sobre a possibilidade de vetos ao texto aprovado, Agripino recomendou que Dilma use “lupas” para analisar a medida. “Não sei o que veio da Câmara, até porque veio muita coisa sob suspeita. O texto não é nem ao menos conhecido de nossa parte. Ele chegou às 11h da manhã e foi posto guela a baixo para os senadores. Ninguém sabe exatamente o que está por trás de cada vírgula e de cada acento do texto da Câmara. Se ela vai vetar ou não, ela que examine o texto com uma lupa”, alfinetou.
O senador oposicionista disse acreditar que o Supremo Tribunal Federal pode deliberar sobre um mandado de segurança para suspender a votação do Senado. No entanto, a Advocacia-Geral da União já se pronunciou e afirmou que MP dos Portos “é questão interna” do congresso.
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