Na hora de posar para fotos com Marina e falar com a imprensa, Randolfe disse que não está mudando de caminho ao deixar o Psol, mas passa a adotar “um novo jeito de caminhar”. “Estou fazendo um encontro de velhos companheiros que há muito tempo escolheram uma jornada para caminhar. Estou apostando muito no que virá a ser a Rede”, discursou.
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Durante os trabalhos de coleta de adesões à Rede, iniciados em 2013, Randolfe não só assinou o requerimento de criação da sigla, como posou para fotos com Marina segurando cartazes de apoio. Representante da Região Norte como a ex-ministra, ele nunca escondeu a admiração pela nova correligionária, que deixou o Senado em 31 de janeiro de 2011, quando o senador chegava para seu primeiro mandato em Brasília.
Randolfe era o único senador do Psol nesta legislatura. Na nota de despedida, ele diz que continuará “amigo” da legenda, mas que o cenário político requer a sondagem de novos horizontes e “exige amplitude”. “[…] exige multiplicidade de relações, para que se construam organizações políticas capazes de atrair jovens, intelectuais, artistas, membros do movimento social, ativistas, militantes das redes sociais e todos aqueles que possam abraçar uma agenda comum em defesa do desenvolvimento soberano e sustentável e da superação das desigualdades econômicas e sociais”, registrou.
Anunciada a formalização da Rede, diversos políticos resolveram trocar de partido. A sigla de Marina já atraiu quatro políticos com mandato no Parlamento: os deputados Miro Teixeira (ex-Pros-RJ); Alessandro Molon (ex-PT-RJ) e Aliel Machado (ex-PCdoB-PR). Atualmente vereadora em Maceió, a ex-senadora Heloísa Helena, que fazia parte do Psol depois de ter sido expulsa do PT, também já se filiou à Rede, a exemplo dos deputados distritais Chico Leite, que também deixou o PT, e Luzia de Paula, agora ex-representante do PEN.
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