O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi eleito presidente da comissão especial do impeachment. O colegiado, composto por 21 titulares e igual número de suplentes, terá até o dia 9 de maio para concluir seus trabalhos. Os senadores discutem a indicação de Antonio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria.
O governo e o PT querem que o relator não seja de um partido francamente opositor ao Planalto. O nome de Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que foi ministro do governo Dilma, é um dos preferidos pelos governistas. Mas, como a oposição tem ampla maioria no colegiado, a tendência é que Anastasia seja confirmado.
“Tenho certeza de que os aqui estão sabem que nas próximas semanas os olhos do país estarão voltados para esta Casa e que os olhos desta Casa estarão voltados para esta comissão que se instala”, discursou Raimundo Lira. Segundo ele, a comissão “não pode falhar em assegurar ampla defesa e direito ao contraditório”.
O parecer da comissão será enviado ao plenário, onde sua aprovação dependerá da maioria simples entre os senadores. Na Câmara, eram necessários pelo menos 342 votos para a autorização do processo de impeachment. O parecer foi aprovado por 367 deputados. Caso o Senado autorize a abertura do processo, Dilma deverá se afastar do mandato por até 180 dias, até que seja submetida a julgamento.
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