Após reunião da Executiva Nacional do Partido Verde na manhã de hoje (23), a legenda decidiu deixar a base de apoio do governo de Michel Temer. Assim, o partido sugeriu que Sarney Filho peça licença do Ministério do Meio Ambiente. O senador Alvaro Dias (PV-PR) subiu à tribuna no Plenário do Senado nesta segunda-feira e comunicou a decisão. “A sugestão que se fez hoje de manhã na reunião do Partido Verde foi a licença do ministro, para que o partido possa se posicionar de uma maneira mais confortável e coerente em relação ao atual governo”, disse o senador.
Alvaro Dias destacou que a nomeação de Sarney Filho para o comando da pasta foi uma escolha pessoal do presidente interino Michel Temer, e não houve deliberação partidária sobre o tema.
O senador, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, fez críticas ao governo Temer, e disse que o peemedebista “não fez a leitura correta desse manifesto de protestos escritos nas ruas do país pelo povo brasileiro. A população não pediu apenas a substituição de um presidente por outro, pediu a substituição desse sistema de governança que é promíscuo e que abriu as portas para a corrupção”, argumentou Alvaro Dias.
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Para o senador, Temer deveria ter afastado Jucá logo pela manhã, quando foram publicados no jornal Folha de S.Paulo os trechos de uma gravação envolvendo o ministro e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No áudio, Jucá diz que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” provocada pela Operação Lava Jato, que investiga os dois peemedebistas.
“Ou o presidente afasta o ministro ou ele transfere para todo o governo a suspeição que pesa sobre ele”, disse Alvaro Dias, algumas horas antes do próprio ministro anunciar que se licenciará do cargo.
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