Membros do PT, incluindo o próprio presidente nacional de legenda, Rui Falcão, se mobilizam para fazer uma ‘vaquinha’ e ajudar os réus do partido condenados pelo Supremo Tribunal Federal no mensalão. Além das penas de prisão ou restrição de liberdade, os ministros do STF aplicaram multas de cerca de R$ 1,83 milhão ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (R$ 676 mil), ao ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (R$ 360 mil) ao ex-presidente da sigla José Genoino (R$ 468 mil), ao ex-tesoureiro Delúbio Soares (R$ 325 mil).
“Já ouvi manifestação de inúmeros companheiros de que todos vão se cotizar, até porque os companheiros não têm como pagar essas multas totalmente desproporcionais aos crimes que lhe são imputados”, afirmou Rui Falcão neste sábado (7), em reunião do partido em Brasília. “Se houver manifestação e se me pedirem uma participação, vou contribuir”, continuou ele.
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Na reunião do Diretório Nacional do PT, o partido desistiu de decidir por mobilizações populares contra a decisão do STF. Em novembro, os petistas divulgaram uma nota em que criticaram a decisão dos ministros do Supremo, acusando-os de condenarem os réus mesmo com falta provas nos autos.
Sem compra de votos
Falcão reafirmou que o PT não concorda com a conclusão dos ministros. “Questionamos o caráter político do julgamento do Supremo Tribunal Federal, porque consideramos que não houve compra de votos nem tampouco aplicação de recursos públicos”, disse ele.
Rui Falcão relembrou que o partido não vai expulsar nenhum condenado no mensalão, apesar de o estatuto prever a saída de membros quando forem condenados pela Justiça. “Não vemos, primeiro, nenhum crime infamante, que é o que diz o estatuto”, afirmou ele. Em outubro, o presidente do PT já havia revelado que ninguém seria punido pela legenda.
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