Em meio ao impasse sobre quem poderá ser escolhido como presidente do Conselho de Ética do Senado, o PT ofereceu hoje (3) o nome do senador Wellington Dias (PI). O ato é uma tentativa de acelerar o processo contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), acusado de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso por exploração do jogo. O conselho só poderá iniciar a análise do caso depois de escolher novo presidente.
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O cargo de presidente está vago desde setembro do ano passado, quando o senador João Alberto (PMDB-MA) licenciou-se do Senado para assumir a Secretaria de Assuntos Especiais da Casa Civil do Maranhão.
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Segundo o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), o partido ouvirá o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP) – que está no Maranhão e retorna na próxima semana -, e outros líderes para avaliar se acata ou não o nome sugerido. “O Conselho se reunirá no dia 10. Até lá, temos tempo para conversar”, disse Calheiros.
Segundo o senador, a vaga é preferencialmente do PMDB, mas existe a possibilidade de outro senador assumir a presidência. Até o momento, o PMDB não indicou ninguém para compor o conselho no lugar de João Alberto. De acordo com o próprio Renan, nenhum parlamentar da sigla está disposto a assumir o cargo. Por isso o PT decidiu indicar um nome para acelerar o processo de análise do caso Demóstenes. “Para dar a contribuição aqui dentro como nós cobramos lá fora, o Partido dos Trabalhadores e o bloco apresentam o nome do Senador Wellington Dias para que o PMDB possa avaliar, assim como os outros partidos que compõem o Conselho de Ética, o nome”, afirmou Pinheiro no plenário.
De acordo com o senador, o objetivo é contribuir no sentido da apuração das denúncias. O vice-presidente do conselho, senador Jayme Campos (DEM-MT), convocou reunião no próximo dia 10 para a escolha do novo presidente. Ele se declarou impedido de exercer a presidência do conselho por ser do mesmo partido de Demóstenes. Apenas o presidente do conselho poderá decidir se aceita ou não a representação do Psol contra o senador goiano por quebra de decoro parlamentar. Ontem (2), o Psol protocolou pedido para antecipar a reunião do conselho para amanhã (4), no entanto, como Renan ainda quer conversar com a bancada, a eleição deve acontecer depois do feriado de Páscoa.
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