O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) apresentou, nesta quarta-feira (17), à CPI da Petrobras dois requerimentos contra o superintendente-executivo do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), Sérgio Fausto. Solla afirma que a fundação recebeu doações da Camargo Corrêa, empresa investigada na Operação Lava Jato. “O iFHC recebeu até da Sabesp, uma empresa pública controlada pelo governo do PSDB de São Paulo”, disse o deputado.
O petista justifica as denúncias por meio da convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para depor na CPI. A organização também recebeu recursos da Camargo Corrêa. Para Solla, o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), teve uma postura parcial ao não considerar todas as entidades que foram financiadas por empreiteiras investigadas. O baiano explica que “a comissão deve ser isenta na apuração do esquema de corrupção que atingiu a estatal”.
Solla disse ainda que se Hugo Motta não votar os requerimentos 878/2015 e 880/2015, provará que usa de “dois pesos e duas medidas, comprometendo toda a investigação com a mácula da perseguição política”. A bancada do PT compareceu à CPI da Petrobras nesta terça-feira (16) para tentar impedir a ida de Okamotto à comissão. Os petistas pretendem apresentar solicitação ao Plenário da Câmara para que este reavalie a necessidade do depoimento do presidente do Instituto Lula.
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Além de pedir a investigação de Sérgio Fausto, Solla reapresentou requerimento de quebra de sigilo do executivo da Camargo Corrêa Pietro Bianchi. Motta não enxergou ligação entre Bianchi e a Lava Jato. Mas o nome do empresário consta em relatório da Polícia Federal (PF), anexado ao processo contra a empreiteira na operação comandada pelo juiz Sérgio Moro.
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