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Segundo Machado, o pedido de pagamento de propina foi feito por Berzoini em 2008, durante uma reunião na sede da Andrade Gutierrez, em São Paulo. O delator afirma que então tesoureiro do partido, Paulo Ferreira, e seu sucessor João Vaccari Neto também participaram do encontro, além do próprio presidente da empresa na época, Otávio Marques de Azevedo.
“Nessa reunião, Berzoini fez essa colocação, que gostaria que todo e qualquer contrato da Andrade Gutierrez junto ao governo federal tivesse o pagamento de vantagens indevidas no valor de 1%”, disse o delator. “Entendemos como sendo uma pressão. Não foi uma solicitação, que você pode aceitar ou não. A gente achou como uma imposição”, acrescentou.
De acordo com Machado, o pagamento era realizado por meio de doações oficiais ao partido. “No caso específico, da Venezuela, do BNDES, e da Eletronuclear, foram feitos pagamentos através de doações oficiais. E, no caso específico da Eletronuclear, foi pago não o solicitado 1%, que segundo o diretor da área específica não teria como fazê-lo. Isso foi feito com 0,5%”, afirmou o ex-diretor.
Além de Machado, Elton Negrão e Pedro Campelo também fecharam um acordo de delação premiada e foram ouvidos nesta segunda-feira (25) pelo juiz Sérgio Moro. Em um depoimento anterior os executivos ficaram em silêncio.
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