O próprio Eunício, que foi ministro das Comunicações do governo Lula e colega de ministério da petista, votou pelo afastamento da ex-presidente.
Após quatro dias de reuniões em Brasília, sete dos 10 senadores aprovaram a aliança. Ao fechar apoio a Eunício, o senador José Pimentel (CE) ocupará a primeira secretaria do Senado e ficará encarregado de todas as questões administrativas, inclusive folha de pagamento. “Farei uma gestão republicana”, disse Pimentel. Votaram contra a adesão a Eunício os senadores Lindbergh Faria (RJ), Gleisy Hoffmann (SCV) e Fátima Bezerra (RN).
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A maioria petista alega que os senadores da legenda ganharam nas eleições o direito de ocupar a fatia que lhes cabe no Poder Legislativo, e por isso devem ocupar as vagas na Mesa Diretora de acordo com a proporcionalidade dos tamanhos das bancadas. O PT vai substituir na direção do Senado o atual primeiro vice-presidente Jorge Viana (AC), adepto da tese da proporcionalidade, por Pimentel.
A escolha de um petista para um cargo com um orçamento de R$ 3 bilhões por ano foi uma vitória pessoal de Eunício Oliveira. Ele não queria que a bancada do PSDB, sua aliada desde o início da campanha, com 11 parlamentares, ocupasse um cargo administrativo, mas muito poderoso, que pudesse atrapalhar a sua gestão na Casa ou ganhar um excessivo poder. Com a adesão dos petistas, a eleição de Eunício Oliveira está praticamente certa. O único adversário José Medeiros (PSD-MT) contabiliza apenas 20 votos, contando com o próprio.
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