O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) esclareceu nesta sexta-feira (19) que apoia o governo de Nicolás Maduro, apesar de ter aprovado a moção de repúdio contra as hostilidades dirigidas a uma comitiva de senadores brasileiros nos arredores do aeroporto de Caracas. Em nota de esclarecimento, o partido reforça a solidariedade aos senadores agredidos em missão oficial, mas salienta a defesa ao processo bolivariano do país vizinho.
“Os jornais no dia de hoje repercutem a aprovação da referida moção como sendo ‘de repúdio ao governo venezuelano’. Isso não é verdade. O texto, pactuado e escoimado de muitas expressões que consideramos indevidas, não faz qualquer referência à República Bolivariana da Venezuela e seu governo, resumindo-se a solidarizar-se aos parlamentares que foram em missão oficial, aprovada pelo Senado, àquele país”, explica a legenda.
O Psol afirma que aprovar a moção não significa condenar o governo venezuelano. A sigla, porém, contesta o posicionamento dos manifestantes que atentaram contra a integridade física dos políticos brasileiros. O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse que “o Psol, por deliberação partidária, tem um enorme respeito pelo processo da chamada Revolução Bolivariana, o que não significa apoio incondicional em relação a nenhum país e, muito menos, interferência na soberania da Venezuela”.
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Para comprovar o apoio à “autodeterminação do povo venezuelano”, o Psol relembra que em fevereiro deste ano, a sigla votou contra outra moção da Câmara. O texto criticava o governo da Venezuela. “O Psol apoia o processo bolivariano e o presidente democraticamente eleito, Nicolás Maduro”, conclui.
Oito senadores brasileiros foram hostilizados nesta quinta-feira (18) por manifestantes em Caracas. O objetivo da viagem era visitar presos políticos, líderes oposicionistas da gestão de Maduro. A missão foi cancelada devido à recepção agressiva feita pelos venezuelanos no aeroporto. A Câmara reagiu ao incidente diplomático aprovando uma moção de repúdio. Senadores de oposição pedem ainda que o país saia do Mercosul.
A comitiva do Senado era liderada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB-SP), e reuniu também os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ronaldo Caiado (DEM-GO), José Agripino (DEM-RN), José Medeiros (PPS-MT), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Segundo diversos relatos de parlamentares, os ataques foram feitos por simpatizantes do governo Nicolás Maduro.
PublicidadeCâmara aprova moção de repúdio contra Venezuela e adia votação de ajuste
Senadores querem excluir Venezuela do Mercosul e convocar ministro
Eduardo Recchi, não há razão de responder ao Onix.
Sheldon você demonstra que sabe nada de partidos políticos. Desconhece que são os indicadores.
É franquia do PT sim
Partido que apoia ditadura, como escreveram acima: como pode ostentar o termo liberdade na sigla…