Professores da rede pública do Distrito Federal (DF) decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (4), manter a greve da categoria. Apesar de o governo local ter apresentado contrapartidas às exigências que motivaram a paralisação, iniciada em 15 de março, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) entendeu que as propostas feitas pelo GDF não são satisfatórias para suspender a greve. O governo insiste em descontar dos professores que aderiram ao movimento o valor dos dias não trabalhados e utiliza a decisão do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) para fundamentar o corte. No último dia 27, a Justiça local declarou que a greve é ilegal e determinou, além do fim da paralisação, o pagamento de multa de R$ 100 mil por dia sem aula. O Sinpro recorre da decisão.
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Entre as propostas feitas pelo Executivo e consideradas insuficientes pelos professores está “o pagamento de pecúnias na ordem de até R$ 100 milhões até o final do corrente ano, de acordo com a disponibilidade de caixa do Tesouro”. Entretanto, os grevistas pedem ainda a efetivação do plano de carreira, o pagamento de uma parcela do reajuste salarial acordado pelo governo anterior, de Agnelo Queiroz (PT), melhores condições de trabalho e aumento de 18% nos vencimentos. O GDF já rejeitou quitar a dívida do governo anterior e de reajustar os vencimentos.
Depois da votação em que dois mil professores votaram pela manutenção da greve, os representantes da categoria – reunidos até então na Praça do Buriti – decidiram realizar uma passeata até a Câmara Legislativa para pedir apoio dos deputados distritais. Ao chegar na CLDF, os participantes do ato lotaram o plenário da Casa e foram recebidos pelo presidente da CLDF, Joe Valle (PDT), e pelos distritais Wasny de Roure (PT), Reginaldo Veras (PDT), e Chico Vigilante (PT).
A comissão de negociação do Sinpro-DF marcou nova reunião com o GDF para a próxima quinta-feira (6). A expectativa da categoria é que o Executivo local apresente propostas mais concretas para que o fim da greve seja negociado.
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